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Venda do Novo Banco? “Eu diria que há quem esteja atrasado”, diz António Ramalho

O presidente executivo do Novo Banco remeteu o processo de venda do banco para os acionistas. Sobre os interessados no Novo Banco de que tem ouvido, António Ramalho considera que são um motivo de satisfação para administração do banco.
  • António Ramalho, Novo Banco
28 Fevereiro 2020, 19h32

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, remeteu para os acionistas do Novo Banco o interesse de potenciais compradores na instituição de crédito. “Aliás, é um assunto dos acionistas, para todos os bancos”, sinalizou. Ainda assim, salientou que “é um grande prazer” para a atual administração do banco que hajam interessados.

António Ramalho falou esta sexta-feira sobre o interesse do espanhol Bankinter na aquisição do Novo Banco. Em fevereiro, Alberto Ramos, country manager do Bankinter Portugal, não pôs de parte a análise de uma possível compra do Novo Banco pelo Bankinter quando aquele for colocado no mercado pelo acionista maioritário, o fundo norte-americano, Lone Star, que detém uma participação de 75%, desde outubro de 2017.

“Eu vejo que o Novo Banco é um banco que tem ultimamente sido extraordinariamente falado, no facto de haver muito interesse na sua aquisição. Para nós é um grande prazer porque, em 2017, quando era necessário que algum banco tivesse a possibilidade de ter acorrido ao Novo Banco quando foi o seu processo de venda – quase todos levantaram os cadernos de encargos e tiveram acesso à informação – a verdade é que nenhum banco ou soube, ou pôde, ou quis adquirir o Novo Banco”, vincou António Ramalho.

Uma situação que, em três anos, parece ter mudado de figura, o que “satisfaz particularmente a administração”. “Três anos depois [da venda], vejo agora, daqueles que dizem, todos parecem interessados e, se calhar, de alguns daqueles que não o dizem. O que eu diria que há bastantes pessoas a chegar atrasado”, concluiu o CEO do Novo Banco.

O Novo Banco apresentou esta sexta-feira um prejuízo consolidado de 1.058,9 milhões de euros em 2019, ainda que os lucros do banco ‘recorrente’ se tenham fixado em 177,6 milhões, o que compara com o resultado líquido negativo de 77,2 milhões de euros registado em 2018.

Desde o ano passado que o Novo Banco faz uma distinção entre o banco ‘legacy’, que é o banco “mau”, e o banco ‘recorrente, que corresponde ao banco “bom”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/ceo-do-bankinter-portugal-admite-crescer-por-aquisicoes-e-nao-rejeita-estudar-o-novo-banco-546441

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