O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, remeteu para os acionistas do Novo Banco o interesse de potenciais compradores na instituição de crédito. “Aliás, é um assunto dos acionistas, para todos os bancos”, sinalizou. Ainda assim, salientou que “é um grande prazer” para a atual administração do banco que hajam interessados.
António Ramalho falou esta sexta-feira sobre o interesse do espanhol Bankinter na aquisição do Novo Banco. Em fevereiro, Alberto Ramos, country manager do Bankinter Portugal, não pôs de parte a análise de uma possível compra do Novo Banco pelo Bankinter quando aquele for colocado no mercado pelo acionista maioritário, o fundo norte-americano, Lone Star, que detém uma participação de 75%, desde outubro de 2017.
“Eu vejo que o Novo Banco é um banco que tem ultimamente sido extraordinariamente falado, no facto de haver muito interesse na sua aquisição. Para nós é um grande prazer porque, em 2017, quando era necessário que algum banco tivesse a possibilidade de ter acorrido ao Novo Banco quando foi o seu processo de venda – quase todos levantaram os cadernos de encargos e tiveram acesso à informação – a verdade é que nenhum banco ou soube, ou pôde, ou quis adquirir o Novo Banco”, vincou António Ramalho.
Uma situação que, em três anos, parece ter mudado de figura, o que “satisfaz particularmente a administração”. “Três anos depois [da venda], vejo agora, daqueles que dizem, todos parecem interessados e, se calhar, de alguns daqueles que não o dizem. O que eu diria que há bastantes pessoas a chegar atrasado”, concluiu o CEO do Novo Banco.
O Novo Banco apresentou esta sexta-feira um prejuízo consolidado de 1.058,9 milhões de euros em 2019, ainda que os lucros do banco ‘recorrente’ se tenham fixado em 177,6 milhões, o que compara com o resultado líquido negativo de 77,2 milhões de euros registado em 2018.
Desde o ano passado que o Novo Banco faz uma distinção entre o banco ‘legacy’, que é o banco “mau”, e o banco ‘recorrente, que corresponde ao banco “bom”.
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