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Venezuela: 4.068% foi a inflação atingida nos últimos doze meses

Segundo os dados IPC – Índice de Preços ao Consumidor, divulgados esta quarta-feira, dia 7 de fevereiro, pela Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora ao presidente daquela república, os preços aumentaram 84,2% em janeiro,
  • Carlos Garcia Rawlins/REUTERS
7 Fevereiro 2018, 20h27

A inflação verificada na Venezuela no passado mês de janeiro registou uma ligeira desaceleração face ao mês precedente de dezembro de 2017, mas não evitou que o acumulado estatístico de inflação dos últimos doze meses no país liderado por Nicolás Maduro tenha atingido o número inacreditável de 4.068%.

Segundo os dados IPC – Índice de Preços ao Consumidor, divulgados esta quarta-feira, dia 7 de fevereiro, pela Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora ao presidente daquela república, os preços aumentaram 84,2% em janeiro, um valor pouco usual, mas que, mesmo assim, representou uma desaceleração face aos 85% de inflação do mês anterior.

De acordo com cálculos da agência Bloomberg, que calcula a inflação com base no custo de um café com leite, se se mantiver a velocidade dos últimos três meses, a Venezuela poderá encerrar o ano passado com 448,025% de inflação, ou aseja, em níveis, completamente em espiral.

Segundo uma classificação histórica compilada pelos professores Steve Hanke e Nicholas Krus, do Cato Institute, a Venezuela mantém-se no lugar número 41 do ‘ranking’ de piores episódios de hiperinflação da História, superando a crise que obrigou à introdução do real brasileiro en 1990, durante a qual um inflação mensal de 82,4%, e logo atrás da causada pelo golpe de Estado de Augusto Pinochet no Chile em 1973, quando se chegou a uma taxas mensal de inflação de 87,6%.

No passado mês de janeiro, Nicolás Maduro promulgou uma “Lei de Preços Justos” que obrigava os supermercados a manter fixos os preços que se praticavam a 15 de dezembro.

Como resultado, ocorreram saques por todo o país e aumentou a escassez de alimentos, uma vez que os supermercados não tinham dinheiro suficiente para substituir os produtos vendidos por outros novos, que os seus fornecedores lhes disponibilizavam a preços hiperinflacionados.

O resultado foi que o Governo deixou de aplicar a lei pouco depois.

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