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Venezuela: Há emigrantes portugueses em dificuldades porque “perderam tudo”

Presidente da ALBOA diz que não há dúvidas de que houve práticas enganosas na venda e na comercialização destes produtos por parte do Banif.
3 Abril 2017, 16h58

A Associação de Lesados do Banif (ALBOA), detetou, na Venezuela, casos de emigrantes portugueses que estão a passar dificuldades porque “foram enganados” e perderam poupanças de 50 e 60 anos de trabalho em produtos do banco, informa a Lusa.

“Temos aqui casos que nos relataram de viva voz, de gente que hoje está a passar algumas dificuldades, pessoas que vieram [emigraram] nos anos 60 e 70, que tem 50 e 60 anos de trabalho na Venezuela, que tinham as suas poupanças, pessoas já com uma faixa etária extremamente elevada e hoje não sabem o que hão de fazer, perderam tudo”, disse o presidente da ALBOA, Jacinto Silva, em Caracas.

“O Banif, para eles, era uma instituição que merecia toda a credibilidade, até porque era um banco originário da Madeira e muito da diáspora aqui é efetivamente da Madeira”, refere Jacinto Silva, no âmbito da visita à Venezuela de uma delegação da ALBOA, para recolher reclamações para enviar ao regular dos mercados financeiros em Portugal, sobre vendas fraudulentas de produtos pelo banco Banif.

O presidente afirma que “houve claramente uma comercialização desajustada, fora do próprio banco, muitas vezes nos encontros sociais, nos almoços e jantares”, no que diz respeito à comercialização dos produtos do Banif, daí que “não fica dúvidas de que houve práticas enganosas na venda e na comercialização destes produtos”, frisou.

 

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