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Venezuela: Proteção de Espanha a Leopoldo Lopez “é uma decisão nacional”, diz Bruxelas

Porta-voz da Comissão Europeia para a política externa, Maja Kocijancic, sublinhou “a importância de respeitar a imunidade diplomática em todas as situações”.
3 Maio 2019, 15h10

A Comissão Europeia considerou hoje que a proteção dada em Caracas por Espanha ao líder do partido da oposição venezuelana Vontade Popular, Leopoldo López, “é uma decisão nacional”, mas sublinhou a necessidade de “respeitar a imunidade diplomática”.

“O que posso dizer é que esta é uma decisão nacional tomada por Espanha”, referiu a porta-voz da Comissão Europeia para a política externa, Maja Kocijancic.

Na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas, a responsável foi questionada se a União Europeia (UE) apoia a proteção dada por Espanha a Leopoldo López, já que o opositor venezuelano se encontra na residência do embaixador de Espanha em Caracas na qualidade de convidado.

Escusando-se a fazer mais comentários, Maja Kocijancic sublinhou “a importância de respeitar a imunidade diplomática em todas as situações”.

López foi detido em 2014 e condenado a 14 anos de prisão por liderar atos de violência durante marchas e manifestações da oposição.

O líder do partido Vontade Popular esteve três anos numa prisão militar e depois em regime prisão domiciliária.

Foi libertado na passada terça-feira por militares devido a “um indulto presidencial” de Juan Guaidó, autoproclamado Presidente interino da Venezuela que já foi reconhecido por mais de 50 países.

Leopoldo López apareceu no exterior de uma base militar em Caracas com Juan Guaidó, que instou os militares a derrubarem o regime do Presidente Nicolás Maduro.

Ao final do dia, Leopoldo López e a sua família entraram na embaixada chilena e mais tarde seguiram para a embaixada espanhola em Caracas.

Nesse dia, Guaidó pediu às Forças Armadas da Venezuela para cortarem com o governo de Nicolás Maduro, mas só um pequeno grupo de militares participou no levantamento, que fracassou poucas horas depois.

A Venezuela atravessa uma grave crise política e económica, que se acentuou com a autoproclamação de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela, em janeiro passado.

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