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Ventura critica “desagregação” do PSD e vê Chega como principal “combate” do PS esta legislatura

“Num dos piores OE de sempre temos três deputados do PSD a votar abstenção em vez de contra”, destacou o presidente do Chega, defendendo que nada garante que os próximos anos serão de austeridade e que Livre e PAN serão os novos parceiros de governação do PS nesta legislatura.
27 Maio 2022, 13h35

André Ventura fala num “novo quadro político” espelhado na votação desta sexta-feira da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), considerando que o Livre e o PAN serão os novos parceiros do Governo socialista, e garante “ânimo” entre o Chega pela afirmação como a principal oposição nesta legislatura, perante a “desagregação” evidente no PSD.

À saída do parlamento e após a luz verde ao OE2022 com os votos favoráveis da bancada socialista e as abstenções de PAN, Livre e os três deputados do PSD-Madeira, o presidente do Chega defendeu que é “evidente” a aproximação do Governo de António Costa e do PS a estes dois partidos, num “novo quadro político que resulta da aprovação” do documento.

Para Ventura, até a Iniciativa Liberal (IL) viu “um piscar de olhos” dos socialistas, que assim se afastam dos anteriores parceiros de ‘geringonça’ das anteriores legislaturas.

Em sentido inverso, o Chega “foi o segundo partido com mais propostas apresentadas”, destacou, mas nem por isso deixou de ser “o único partido que o PS não permitiu aprovar nenhuma proposta”. Para Ventura, a mensagem é clara.

“Significa que o combate desta legislatura vai ser entre o PS e o Chega. Isso para nós é muito positivo e dá-nos muito ânimo”, perspetivou, destacando ainda “o estado de desagregação” em que se encontra o PSD, baseando-se na abstenção dos três deputados eleitos pela Região Autónoma da Madeira e que contrariaram a bancada nacional, que votou pela rejeição do documento. Para Ventura, tal revela “falta de compromisso para com os eleitores”, acusando a “oposição não-socialista” de se encontrar num “estado lastimável”.

“Num dos piores OE de sempre temos três deputados do PSD a votar abstenção em vez de contra”, sublinhou, argumentando ainda que o documento não “responde à perda de rendimentos que os cidadãos têm tido”.

Pelo contrário, o presidente do Chega afirmou que não há “nada que garanta que os próximos tempos não vão ser de austeridade”.

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