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Vieira da Silva foi vice-presidente da Assembleia-Geral da Raríssimas

José António Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, foi vice-presidente da Assembleia Geral da Raríssimas, entre 2013 e 2015.
  • Cristina Bernardo
11 Dezembro 2017, 15h33

José António Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, foi vice-presidente da Assembleia Geral da Raríssimas, entre 2013 e 2015, de acordo com o Público. De acordo com o Público, fonte do gabinete do ministro sublinhou que o cargo foi ocupado ainda antes de este integrar o atual Governo e remeteu mais declarações para a conferência de imprensa, que começou às 15h.

Desde a reportagem da TVI, emitida no sábado, que revelou irregularidades nas contas da IPSS Raríssimas, o nome de Vieira da Silva está sob forte escrutínio. O ministro terá sido alertado pelo ex-tesoureiro da Raríssimas, Jorge Nunes, de que a instituição funcionava com graves anomalias – muito antes da reportagem da estação de Queluz ir para o ar -, mas nada fez para averiguar a situação. Outro facto alvo de suspeição, de acordo com a peça da TVI, é a ligação da sua mulher, e deputada do PS, Sónia Fertuzinhos, que terá feito uma viagem até à Noruega paga pela Associação.

A passagem pela Raríssimas é o único cargo numa IPSS que consta da declaração de registos de interesses que Vieira da Silva divulgou e que pode ser consultada na página do Parlamento.

Numa primeira reação, no domingo, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social declarou, em comunicado, que vai “avaliar a situação” da Raríssimas e “agir em conformidade”.

De acordo com a investigação da TVI, a presidente da instituição, Paula Brito e Costa, usou fundos da Raríssimas em proveito próprio: além de comprar vestidos de alta-costura, terá feito compras de supermercado e criado despesas fictícias de deslocação, apesar de se deslocar num automóvel de alta gama, pelo qual a Raríssimas paga mais de 900 euros por mês. A esses valores, soma-se ainda um salário base de três mil euros mais 1500 euros em deslocações. Ao todo, Paula Brito Costa chegou a auferir mais de 6500 euros, por mês.

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