Violência doméstica. Queixas e homicídios aumentaram em 2022

O portal, publicado na página da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), revela também que as ocorrências por violência doméstica registadas pela Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana aumentaram 14% no ano passado em comparação com 2021.

As queixas por violência doméstica registaram em 2022 o valor mais elevado dos últimos quatro anos, com a PSP e a GNR a contabilizarem 30.389 ocorrências no ano passado, segundo o portal da violência doméstica.

O portal, publicado na página da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), revela também que as ocorrências por violência doméstica registadas pela Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana aumentaram 14% no ano passado em comparação com 2021.

A CIG avança igualmente que em 2022 se registaram 28 vítimas mortais em contexto de violência doméstica, 24 das quais eram mulheres e quatro crianças.

Em comparação com 2021, ocorreram mais cinco homicídios, mas em 2020 registaram-se 32 vítimas mortais e em 2019 foram 35.

Em 2022, as crianças que morreram em contexto de violência aumentaram, uma vez que nos anos anteriores tinham ocorrido duas vítimas mortais e em 2019 foi uma.

De acordo com o portal da violência doméstica, a PSP e a GNR registaram 29.223 queixas em 2019, números que descem para 27.619 e 26.651 em 2020 e 2021, respetivamente (dois anos marcados por confinamentos devido à pandemia de covid-19), e voltaram a subir em 2022 para 30.389.

O portal, que publica trimestralmente estatísticos relativos aos crimes e homicídios voluntários em contexto de violência doméstica, dá conta que no período de outubro a dezembro de 2022 foram contabilizadas 7.129 ocorrências pela PSP e GNR.

Durante o ano passado foi no terceiro trimestre que se registaram mais crimes, num total de 8.887, seguido do segundo trimestre (7.641), do quarto e do primeiro (6.732).

Segundo os dados, a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica acolheu, entre outubro e dezembro do ano passado, 1.455 pessoas, das quais 54,2% eram mulheres e 44,7% crianças.

Segundo a CIG, no ano passado foram realizados transportes de 967 vítimas e foram aplicadas 16.736 medidas de proteção por teleassistência no âmbito do crime de violência doméstica.

No último trimestre de 2022 foram aplicadas 1.151 medidas de coação no âmbito do crime de violência doméstica e estão integradas em programas para agressores 3.078 pessoas.

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