Há sete anos, uma amostra biológica de um vírus semelhante à Covid-19 chegou ao Instituto de Virologia de Wuhan, revela o jornal britânico “Sunday Times“.
Em 2013, foram enviadas algumas amostras para o laboratório, localizado no epicentro chinês do novo coronavírus, a partir da província de Yunan. As amostras em questão eram de uma mina de cobre infestada por morcego que estava a ser investigada depois de seis homens, que se encontravam a realizar a limpeza de excrementos do mamífero, contraírem pneumonia.
A publicação do Reino Unido revela que três dos seis trabalhadores morreram e que a causa de morte mais provável foi o coronavírus transmitido por morcegos, um modo muito semelhante do que se estima ter sido a transmissão de Covid-19 em dezembro de 2019 e que colocou o mundo em confinamento em 2020.
Shi Zhengli, especialista em vírus SARS com origem em morcegos, estudou a mina onde os seis homens contraíram a pneumonia e descreveu num estudo, em fevereiro de 2020, que havia 96,2% de semelhança entre o SARS-CoV-2 e o RaTG13, as amostras de 2013. Ou seja, estima-me que o novo coronavírus seja “quase certamente” o mesmo vírus encontrado na mina em 2013.
Apesar das diferenças, o jornal aponta que as amostram representam décadas de evolução. Em maio, após especulações de que Wuhan teria libertado propositadamente o vírus, o diretor do Instituto de Virologia da região afirmou que não existia nenhuma cópia do vírus RaTG13, não existindo possibilidades do vírus ter sido libertado para o ambiente e se propagado.
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