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Visita do primeiro-ministro russo à China sela novo mundo bipolar

Se alguma vez houve uma tentativa do Ocidente para fixar a China do lado dos que estão a favor da Ucrânia, foi muito pouco consistente e para todos os efeitos falhou redondamente.
26 Maio 2023, 18h00

Para quem duvidava da iminência da criação de uma nova ordem mundial patrocinada pela guerra na Ucrânia, as notícias vindas de Pequim, onde o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, esteve esta semana, não deixam dúvidas. Está cada vez mais claro que o globo está a dividir-se em dois blocos: o ocidental e o oriental (na ausência de um nome melhor). As semelhanças com o antigo mundo bipolar da Guerra Fria são algumas, mas não muitas: o bloco ocidental é o mesmo de sempre (Estados Unidos, Canadá, União Europeia – com reservas da França – Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e Israel, entre outros); mas o bloco oriental aumentou de grandeza: a inimizade sino-soviética tão ao gosto da dupla Nixon-Kissinger remeteu-se para os livros de história contemporânea e o antigo bloco dos Não Alinhados (o agora chamado Sul Global, com algumas diferenças) está maioritariamente do seu lado. No meio, o Médio Oriente parece estar mais confortável com a China-Rússia e a Turquia tenderá a para lá dirigir-se, uma vez escorraçada em definitivo pelos 27.

Nada melhor que observar os enunciados propostos pela comunicação social oficial para perceber-se o grau de envolvimento dos dois países e a perceção que entendem querer transmitir ao mundo.

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