[weglot_switcher]

“Vitória de Le Pen significaria uma crise profunda na instituições políticas comunitárias”, alerta politólogo António Costa Pinto

A propósito da segunda volta das presidenciais francesas, que têm lugar este domingo, o politólogo António Costa Pinto considera, em entrevista ao JE, que Macron terá subestimado a política doméstica nos últimos meses e que uma vitória de Le Pen significaria uma crise profunda nas instituições europeias.
24 Abril 2022, 10h00

Passado o esperadíssimo embate televisivo entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen – cujas análises, como sempre pouco isentas, oscilam entre um e outro conforme as preferências políticas de quem as emite – o candidato que ainda é presidente continua à frente nas sondagens, mas tem um novo inimigo.

Com um universo de eleitores bastante mais estável e fiel – e com as transferências de voto (os votantes de Eric Zemmour na primeira volta) a não ser um problema – Marine Le Pen sabe o que vale e com o que conta para a segunda volta.

A pressão está, por isso, do lado do presidente que se candidata a um segundo mandato. E a questão acaba por ser simples: ou os apoiantes de Mélenchon votam em massa em Macron e este não tem de mandar embalar os seus haveres do Palácio do Eliseu, ou abstêm-se em número suficiente para entregar a presidência à extrema-direita.

A propósito da segunda volta das presidenciais francesas, que têm lugar este domingo, o politólogo António Costa Pinto considera, em entrevista ao JE, que Macron terá subestimado a política doméstica nos últimos meses e que uma vitória de Le Pen significaria uma crise profunda nas instituições europeias.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.