Vladimir Putin ligado a ativos no valor de 15 mil milhões de euros

Uma investigação levada a cabo pelo jornal “The Guardian” e outras organizações internacionais de notícias dá conta esta segunda-feira, 21 de março, de alegadas ligações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a vários ativos cujo valor é de 15 mil milhões de euros.

Contas bancárias offshore, iates ou imóveis de luxo situados em Londres, Toscana e na Riviera Francesa são alguns dos bens aos quais foram vinculados 35 milionários russos com alegadas ligações de proximidade ao presidente da Rússia.

Estes 35 milionários onde se encontram homens e mulheres terão sido nomeados por Vladimir Putin no ano passado para facilitarem alguns dos negócios do presidente russo no exterior. Com exceção de dois, que foram colocados na lista negra pelos Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá, os restantes 33 milionários foram apontados por Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin, para alvos de sanções por parte dos governos ocidentais.

Desta lista fazem parte quatro dos oligarcas russos mais ricos do país, além de chefes de empresas estatais, de agências de espionagem, ministros, conselheiros políticos e governadores regionais.

A maioria das provas encontradas pela investigação até ao momento datam de 2020 até ao presente. Dos 35 nomes, seis milionários estão ligados a mais de 145 ativos, onde se encontram 35 mansões, 43 apartamentos e 27 outros imóveis, além de sete iates, mais 11 jatos particulares e helicópteros, no valor total de 1,8 mil milhões de euros.

Fora do Reino Unido foram encontrados 26 ativos aparentemente ligados a Oleg Deripaska, CEO da empresa de alumínio russa, United Company Rusal, e um dos homens mais próximos de Vladimir Putin, onde se encontram milhões de dólares em ações, um hotel nos Alpes austríacos, um superiate, uma embarcação de apoio de 60 metros com heliporto e propriedades de luxo em Londres, Paris, Washington, e Nova Iorque, além quatro villas na região da Sardenha.

Foram também encontradas propriedades ligadas às famílias de Nikolay Tokarev, presidente da empresa estatal de oleodutos Transneft, bem como o secretário de imprensa presidencial, Dmitry Peskov.

“Todas as propriedades e bens que ele [Oleg Deripaska] possui foram adquiridas de forma justa. O frenesim contínuo dos media, por mais lamentável que seja, certamente não dá a ninguém o direito de chamar Deripaska de cleptocrata. A caça às bruxas da Rússia, da qual Deripaska se tornou vítima, é motivada inteiramente por motivos políticos”, referiu um porta-voz do CEO da United Company Rusal, ao “The Guardian”.