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Vladimir Putin prestes a declarar oficialmente guerra à Ucrânia (com áudio)

O mundo vai estar hoje de olhos postos na Praça Vermelha,  tal como nos velhos tempos da URSS, à espera de novidades sobre a invasão da Ucrânia.
9 Maio 2022, 06h50

A Rússia celebra hoje o dia da vitória na segunda guerra mundial, ou grande guerra patriótica, como é conhecida internamente.

Esta segunda-feira, 9 de maio, vão ter lugar várias paradas militares em todo o país envolvendo 65 mil pessoas, 2.400 equipamentos militares e mais de 400 aviões.

Vladimir Putin vai presidir à parada militar na Praça Vermelha em Moscovo a partir das 08h00, por onde vão desfilar militares, tanques, misseis e misseis balísticos intercontinentais.

O mundo vai estar hoje de olhos postos na Praça Vermelha,  tal como nos velhos tempos da URSS, à espera de novidades sobre a invasão da Ucrânia.

O presidente russo prepara-se para declarar oficialmente guerra à Ucrânia no “dia da vitória” a 9 de maio, o dia em que a Rússia celebra a vitória sobre os nazis em 1945. Esta possibilidade foi revelada à “CNN” no início de maio por fontes de governos de países ocidentais.

Até agora, a propaganda russa tem-se referido à invasão da Ucrânia como uma “operação militar especial”.

Apesar de parecer um detalhe, o facto de declarar oficialmente guerra ao país vizinho vai permitir a Moscovo proclamar a mobilização geral dos reservistas do exército russo. E vai também permitir ao Governo russo avançar para o recrutamento obrigatório de cidadãos para o exército.

Estas duas possibilidades vão permitir ao Kremlin enviar mais militares para a Ucrânia.  A “CNN” aponta que fontes diplomáticas ocidentais e ucranianas apontam para que, pelo menos, 10 mil soldados russos morreram na Ucrânia desde o início da invasão há dois meses.

Em termos de equipamento, a Rússia já perdeu 675 veículos de combate, 621 tanques, 347 veículos blindados, 163 peças de artilharia, 108 camiões de transporte, 58 drones, 39 helicópteros, 26 aviões e seis navios de guerra, segundo dados da Oryx, citados pela “BBC”.

Entretanto na Ucrânia, as forças do Kremlin bombardearam uma escola numa aldeia no leste do país matando 60 pessoas, anunciou hoje o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Já na cidade de Mariupol, que tem sido bastante atacada ao longo da invasão de 10 semanas, um dos responsáveis do batalhão Azov, que continua entricheirado na siderurgia Azovstal, pediu à comunidade internacional ajuda para evacuar soldados feridos.

“Vamos continuar a lutar à medida que estamos vivos para repelir os ocupantes russos”, disse o capitão Sviatoslav Palamar, citado pela “Reuters”.

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