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Vodafone já começou a restabelecer serviços de 4G, mas admite “limitações”

Para já, este serviço está a ser reposto a zonas restritas do país, mas será “gradualmente expandido para o maior número possível de clientes”, garante a operadora em comunicado.
8 Fevereiro 2022, 18h57

Na sequência do ciberataque que deixou em baixo as operações da Vodafone, durante a noite desta segunda-feira, a operadora vem agora anunciar que começou esta tarde a restabelecer os serviços base de dados móveis da sua rede 4G. Para já, este serviço está a ser reposto a zonas restritas do país, mas será “gradualmente expandido para o maior número possível de clientes”.

“A Vodafone iniciou o restabelecimento dos serviços base de dados móveis sobre a sua rede 4G na sequência de uma intensa e exigente operação de reposição. Este arranque está de momento condicionado a zonas restritas do país, estando gradualmente a ser expandido para o maior número possível de clientes”, lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira.

Na mesma nota, a empresa, que considerou o sucedido como “um ataque terrorista” e “criminoso”, diz que o serviço ainda se encontra “sujeito a algumas limitações, nomeadamente no que respeita à velocidade máxima permitida de forma a garantir uma melhor monitorização da utilização da rede, bem como uma distribuição mais equitativa e sustentável da capacidade disponibilizada aos nossos clientes”.

“Trata-se de mais uma etapa que faz parte do complexo percurso que temos vindo a percorrer e cujo esforço tem sido atenuado pelas muitas manifestações de solidariedade e compreensão que nos têm feito chegar”, explica a operadora.

A Vodafone Portugal reagiu e disse estar a trabalhar com o INEM para repor o serviço da equipa médica nacional de emergências.

“Há serviços essenciais dependentes das nossas redes. O INEM é nosso cliente, estamos a trabalhar de forma muito próxima com a equipa do INEM com várias soluções alternativas que não são as ideais, não são as suficientes, neste momento muito baseado no serviço de voz e no serviço de 3G. Houve a afetação de muitos serviços durante a madrugada”, afirmou o presidente da Vodafone nacional esta terça-feira, 8 de fevereiro em conferência de imprensa.

“Várias corporações de bombeiros são nossas clientes, os carteiros que começam a trabalhar muito cedo de madrugada utilizam equipamentos nosso, era essencial ter o mínimo do serviço”, acrescentou Mário Vaz.

A Vodafone Portugal foi alvo de um ciberataque na noite de segunda-feira, anunciou hoje a empresa. Nas últimas 24 horas, os clientes da operadora reportaram milhares de problemas nas redes. O pico teve lugar por volta das 22h00 de segunda-feira com 7.631 notificações feitas, segundo o Down Detector.

A disrupção na rede registada na noite de sete de fevereiro deveu-se a um “ciberataque deliberado e malicioso com o objetivo de causar danos e perturbações. Assim que foi detetado o primeiro sinal de um problema na rede, a Vodafone agiu de forma imediata para identificar e conter os efeitos e repor os serviços. Esta situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital”.

A telecom garante que já recuperou os “serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o país mas, infelizmente, a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos. Essa recuperação irá acontecer progressivamente ao longo desta terça feira”.

 

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