[weglot_switcher]

Volatilidade leva Wall Street a encerrar ‘flat’. Petróleo derrapa para mínimos de 2018

Os investidores esperam pelo desfecho da reunião da Reserva Federal norte-americana, que deverá subir as taxas de juro para 2,5%. Trump discorda. Nas matérias-primas, o preço do petróleo desvalorizou pelo terceiro dia consecutivo e já perdeu 40% face aos máximos de outubro.
  • Reuters
18 Dezembro 2018, 21h38

A volatilidade marcou a segunda sessão da bolsa de Nova Iorque, que encerrou flat, depois de abrir com ligeiros ganhos. Ao longo da sessão, os índices chegaram a valorizar 1%, mas o S&P 500 fechou com 2.546,03 pontos (0,01%), o industrial Dow Jones subiu 0,35% para 23.675,5 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,45%, para 6.783,91 pontos.

O mercado está a reagir à reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), com os investidores a anteciparem um anúncio da subida das taxas de juro. David Silva, broker da XTB, revela que “os investidores receiam que a combinação de um dólar forte e maiores subidas de taxa de juro levem a um abrandamento da economia em 2019 precisamente na altura em que o impacto do corte de impostos começara a desvanecer”.

A confirmar-se, será a quarta vez este ano que a Fed sobe as taxas de juro. Espera-se uma subida de 2,25% para 2,5%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a “atacar” a Fed, esta terça-feira, recomendando ao banco central norte-americano que não volte a “cometer outro erro” e que leia o “The Wall Street Journal”, que argumentou que a subida das taxas de juro prevista não é conveniente.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo caiu pelo terceiro dia consecutivo para novos mínimos do ano, O West Texas Intermediate, referência para o mercado norte-americano, tombou 7,18% para 46,30 dólares. Desde outubro, mês em que o petróleo atingiu o último máximo, o “ouro negro” já desvalorizou cerca de 40%.

Esta queda acentuada deve-se à produção recorde dos EUA, que se tornaram no maior produtor de petróleo mundial, numa altura em que a economia mundial está em arrefecimento, incluindo a China, cujo presidente, Xi Jiping, discursou esta terça-feira (madrugada em Portugal), com palavras pouco animadoras para o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e aumentando a incerteza em torno do desfecho das negociações comerciais entre os dois países.

As petrolíferas Exxon Mobil e a Chevron caíram 2,6% e 2,5%, respetivamente. Em Londres, o Brent caiu 5,49%, para 56,34 dólares. Segundo os analistas da Agência Reuters, o preço do barril poderá cifrar-se nos 40 dólares, até ao final do ano.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.