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Von der Leyen anuncia criação de ‘task force’ para acelerar produção de vacinas contra a Covid-19

A presidente da Comissão Europeia discursou hoje no Parlamento Europeu onde reconheceu as dificuldades que a indústria farmacêutica está a enfrentar para produzir a vacina contra a Covid-19 em grande escala. E avisou que as novas variantes vão continuar a surgir.
  • Olivier Hoslet / EPA
10 Fevereiro 2021, 09h03

A presidente da Comissão Europeia pediu hoje à indústria farmacêutica europeia e mundial para acelerar a produção de vacinas contra a Covid-19. Com este objetivo, anunciou a criação de um grupo de trabalho (task force) para fazer chegar mais vacinas e mais rapidamente aos países-membros.

A presidente anunciou a criação de um grupo de trabalho (task force) com o objetivo de “aumentar a capacidade de produção de vacinas” para “detetar dificuldades e tentar ajudar a resolvê-las. Estamos a falar de vacinas completamente novas, nunca tinham sido produzidas a esta escala”.

“A indústria terá de se adaptar ao ritmo da ciência, e corresponder ao ritmo acelerado da ciência. As dificuldades estão a ser detetadas na produção em grande escala da vacina”, destacou no discurso feito esta quarta-feira, 10 de fevereiro, no Parlamento Europeu pedindo aos estados-membros para continuarem a avançar com os seus planos de vacinação.

Na sua intervenção, Ursula von der Leyen defendeu a estratégia comunitária de compra de vacinas em conjunto. “As decisões foram e são corretas, que tenhamos feito em conjunto a encomenda da vacina de forma solidaria. Nao posso imaginar o que teria acontecido se estados com mais musculo tivessem negociado as vacinas com outros a ficarem de fora. Isso teria sido um erro e o fim da nossa comunidade”.

A responsável também avisou que as “novas variantes vão continuar a surgir”, e que ainda não é conhecido o “quadro total de eficácia das vacinas contra as novas estirpes”.

“É preciso antecipar e estar preparados no imediato. Começámos o nosso projeto com a nossa agenda na luta contra novas variantes. Precisamos de uma sequenciação de novas mutações, e de partilha sistemática e célere dos dados”, sublinhou.

Sobre o processo de aprovação de vacinas, Von der Leyen avançou que a Comissão Europeia está a trabalhar num quadro regulamentar que vai permitir à Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) para “examinar vacinas o mais depressa possível”.

“Estávamos muito concentrados na criação da vacina. Subestimámos a dificuldade na produção maciça das vacinas. Fizemos em 10 meses o que era feito em 10 anos; é um grande êxito cientifico. A ciência ultrapassou a indústria”.

Na sua intervenção perante os eurodeputados em Bruxelas, a presidente reconheceu que a “produção de novas vacinas é um processo complexo: não é possível criar um local de produção da noite para o dia. Estas vacinas chegam a ter até 400 componentes, envolvendo mais de 100 empresas”.

Em relação ao processo de aprovação de vacinas na EMA, a responsável frisou que o processo de aprovação foi feito com “segurança”, e que chegou a demorar três a quatro semanas adicionais com o objetivo de cumprimentos dos preceitos de “segurança” e para dar “confiança” aos cidadãos europeus.

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