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Von der Leyen quer um banco europeu do hidrogénio e vai apoiar PME

“O hidrogénio pode ser uma mudança de jogo para a Europa. É por isso que vamos criar um novo Banco Europeu de Hidrogénio”, revelou a presidente da Comissão europeia. Na economia, destaque para os apoios fiscais prometidos às PME; para os 140 milhões que espera tirar aos lucros das empresas de energia; e para os alertas aos Estados para reduzirem a dívida.
  • Lusa
14 Setembro 2022, 10h03

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de um banco europeu do hidrogénio para garantir a compra do hidrogénio na União Europeia, nomeadamente através do fundo de 3 mil milhões de euros, no discurso sobre o “Estado da União” no Parlamento Europeu que teve destaque para as medidas económicas.

“O hidrogénio pode ser uma mudança de jogo para a Europa. É por isso que vamos criar um novo Banco Europeu de Hidrogénio. Este poderá investir 3 mil milhões de euros para ajudar a construir o futuro mercado do hidrogénio”, disse a líder da Comissão Europeia. “Precisamos de criar um novo mercado para o hidrogénio. É assim que vamos construir a economia do futuro na Europa”, sublinhou.

A Comissão Europeia quer “renovação do mercado da energia” com uma “mudança de paradigma”. “Os consumidores irão colher os benefícios de energias renováveis baratas”, defende von der Leyen.

Bruxelas propõe ainda um teto nos lucros das empresas que produzem eletricidade de fontes renováveis (a baixo custo) e que os produtores de eletricidade através da combustão de combustíveis fósseis paguem uma contribuição. Von der Leyen disse que o bloco europeu espera angariar 140 mil milhões de euros junto das empresas energéticas que, na sua opinião, estão a beneficiar da crise na Europa.

A presidente da Comissão Europeia defende ainda que deve haver um “limite máximo para o preço do gás”. “Tem de haver mudanças neste mercado”, realça, explicando que irá ser necessário trabalhar com as empresas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu hoje que os lucros extraordinários das empresas do sector do petróleo, gás, carvão e refinarias devem “ser canalizados para os que mais precisam”, propondo uma contribuição solidária. A líder da Comissão diz ser um “erro receber lucros extraordinários” provenientes da guerra.

Ursula von der Leyen promete novos apoio às pequenas e médias empresas

A Comissão Europeia irá apresentar um pacote de apoio às pequenas e médias empresas (PME), com “propostas de regras fiscais” para estas empresas na Europa, para “facilitar empreendedorismo e reduzir a burocracia”.

“Temos de remover os obstáculos que ainda mantêm as nossas pequenas empresas”, disse Von der Leyen que considera que “as PME devem estar no centro desta transformação – porque são a espinha dorsal da longa história de proezas industriais da Europa e sempre colocaram os seus empregados em primeiro lugar, mesmo e especialmente em tempos de crise”. A presidente da Comissão lembrou que a inflação e a incerteza pesam especialmente sobre as PME. “É por isso que vamos apresentar um Pacote de Ajuda às PMEs”, anunciou.

Este pacote “incluirá uma proposta para um conjunto único de regras fiscais para fazer negócios na Europa – chamamos-lhe BEFIT”. O objetivo “é tornar mais fácil a realização de negócios na nossa União. Menos burocracia significa melhor acesso ao dinamismo de um mercado continental”, segundo as palavras de Von der Leyen.

É preciso, diz, “rever a diretiva de pagamentos em atrasos porque 25% das falência se devem à falta de pagamentos”. “Iremos rever a diretiva sobre atrasos de pagamento – porque simplesmente não é justo que uma em cada quatro falências seja devido a faturas que não são pagas a tempo”. “Para milhões de empresas familiares, isto será uma linha de salvação em tempos de águas agitadas”, adiantou a líder da CE.

UE vai apresentar em outubro “novas ideias para a governação económica”. Von der Leyen alerta para a sustentabilidade orçamental dos Estados 

“Em outubro, apresentaremos novas ideias para a nossa governação económica”, disse a líder da Comissão Europeia, realçando que é preciso “financiar a transição para uma economia digital e de emissões zero”, mas também “assegurar a sustentabilidade orçamental”.

“Os Estados-Membros devem ter mais flexibilidade nas suas trajetórias de redução da dívida”, avisou a presidente da instituição com sede em Bruxelas.

“A sustentabilidade e crescimento têm de avançar paralelamente”, frisou.

Por fim destaque para o anúncio de que no próximo ano, em 2023, serão apresentadas medidas para combater a corrupção, nomeadamente contra o enriquecimento ilícito, abuso de poder ou suborno, exemplifica, frisando que haverá uma “inclusão da corrupção no regime de sanções”

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