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Voos de repatriamento retomados no aeroporto de Cabul (com áudio)

“A pista do aeroporto internacional de Cabul está aberta. Vejo aviões a pousar e decolar”, relatou Stefano Pontecorvo, representante civil da NATO.
  • Líderes talibã
17 Agosto 2021, 13h53

Os voos militares dos EUA para repatriar diplomatas e civis do Afeganistão recomeçaram esta terça-feira depois de a pista do aeroporto de Cabul ter sido libertada de milhares de pessoas desesperadas que tentavam fugir do país após a tomada repentina da capital pelos Talibãs.

“A pista do aeroporto internacional de Cabul está aberta. Vejo aviões a pousar e decolar”, disse Stefano Pontecorvo, representante civil da NATO, segundo a “Reuters”.

O número de civis diminuiu, contou um oficial de segurança ocidental no aeroporto à “Reuters”, um dia depois de cenas caóticas em que soldados americanos dispararam para dispersar multidões, enquanto que as pessoas tentavam agarrar-se a um avião de transporte militar dos EUA enquanto tentava decolar.

Desde que os voos foram reiniciados pelo menos 12 voos militares decolaram. Aviões deveriam chegar de países como Austrália e Polónia para ajudar os seus cidadãos e colegas afegãos a fugir do país.

As forças militares dos EUA assumiram o controle do aeroporto – sendo esta a única maneira de sair do Afeganistão – no domingo, quando os militantes terminaram uma semana de avanços rápidos tomando o controle de Cabul sem lutar, 20 anos depois de serem expulsos por uma invasão liderada pelos EUA .

Os voos foram suspensos durante grande parte da segunda-feira, quando pelo menos cinco pessoas morreram, disseram testemunhas. A comunicação social relatou que duas pessoas morreram debaixo de um avião militar dos EUA depois que este ter decolado.

Os talibãs têm permitido os voos sob um pacto de retirada das tropas dos EUA assinado no ano passado, na administração de Donald Trump, onde os talibãs concordaram em não atacar as forças estrangeiras quando partissem.

Apesar das criticas o presidente dos EUA continua a defender que a retirada das tropas americanas que permaneceram no Afeganistão durante 20 anos. Segundo Biden os americanos cumpriram a sua missão.

“Fomos para o Afeganistão há quase 20 anos com objetivos claros: caçar aqueles que nos atacaram em 11 de setembro de 2001 e garantir que a Al-Qaeda não usasse o Afeganistão como base para nos atacar novamente. Fizemos isso, nunca desistimos da caça a Osama bin Laden e apanhámo-lo, a nossa missão no Afeganistão nunca foi pensada para ser a construção de uma nação, nunca foi destinada a criar uma democracia central unificada”, explicou o presidente americano.

Os talibãs capturaram as maiores cidades do Afeganistão em dias, e não nos meses previstos pelos serviços de inteligência dos EUA. Em muitos casos, as forças governamentais desmoralizadas renderam-se, apesar de anos de treino e de equipamento fornecido pelos Estados Unidos

 

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