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Voto lá fora. Ana Gomes bateu Marcelo em cinco países e André Ventura ganhou na Namíbia

Marcelo Rebelo de Sousa foi vencedor, pela primeira vez desde o 25 de Abril, em todos os concelhos do país. Mas, no estrangeiro, nem todos os países com eleitores portugueses deram vitória a Marcelo. Cinco preferiram Ana Gomes e houve um país onde André Ventura ganhou, com mais apenas 20 votos.
25 Janeiro 2021, 13h21

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conseguiu ser reeleito este domingo, com 60,70% dos votos, conquistando, pela primeira vez em democracia, todos os concelhos do país. Mas, no estrangeiro, nem todos os países deram vitória a Marcelo Rebelo de Sousa. Chipre, Finlândia, Hungria, Noruega e Timor deram vitória à ex-diplomata Ana Gomes, enquanto a Namíbia elegeu o líder do Chega, André Ventura.

Dos 1.476.543 eleitores inscritos no estrangeiro para votar nas eleições presidenciais, menos de 2% exercer o direito de voto. No somatório dos votos apurados até esta segunda-feira (ainda há três consulados por apurar, dois na China e um em Moçambique), Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito com 52,03% (14.200 votos). Ana Gomes ficou em segundo lugar, com 18,72% (5.109 votos), e André Ventura em terceiro, com 12,79% (3.491 votos).

Mas, em Chipre, a vitória foi para Ana Gomes. Dos 229 portugueses a residir em Chipre, apenas 10 foram votar e quatro deram vitória a Ana Gomes, com 40% dos votos. A eurodeputada bloquista Marisa Matias e o candidato liberal Tiago Mayan Gonçalves ficaram empatados com dois votos (20% do total contabilizado) e Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura conseguiram ambos um voto (10%).

Na Finlândia, 79 dos 465 inscritos foram votar e, depois de há cinco anos terem dado preferência a Sampaio da Nóvoa, voltaram a dar vitória a uma socialista. Ana Gomes conseguiu ficar à frente de Marcelo Rebelo de Sousa, com 40,51% (32 votos), enquanto o Presidente reeleito conseguiu pouco mais de metade: 24,05% (19 votos).

Ana Gomes venceu também na Hungria, com 15 dos 53 votos recolhidos nas urnas de Budapeste (30,61%), enquanto Marcelo teve menos um voto. Na Noruega, Ana Gomes recebeu 34,77% dos 287 votos contabilizados (97 votos), roubando assim a vitória de há cinco anos a Marcelo Rebelo de Sousa, que passou a segundo mais votado no país, com 31,90% (89 votos).

A ex-embaixadora de Portugal em Jacarta, na altura do referendo de independência de Timor-Leste, conseguiu ainda vencer em Timor-Leste. Ana Gomes conseguiu 35 dos 80 votos recolhidos nas urnas na Embaixada de Portugal em Díli, ou seja, 43,75%. Marcelo Rebelo de Sousa, que em 2016 tinha sido o mais votado no país, acabou por ser o segundo mais votado, ao recolher 20 votos (25% do total).

A Namíbia deu vitória há cinco anos a Marcelo Rebelo de Sousa, com 69,23% dos votos, mas este preferiu outro candidato: André Ventura. O líder do Chega foi vencedor neste país africano, com 20 dos 38 votos recolhidos na Embaixada de Portugal em Windhoek (55,56%). Já Marcelo ficou em segundo lugar, com doze votos (33,33%).

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