Wall Street abre no ‘verde’. Dow, S&P 500 e Nasdaq a subir na última sessão da semana

As ações da bolsa nova-iorquina estão em alta esta sexta-feira, motivadas por uma ‘luz ao fundo do túnel’ nas discussões em torno do tecto da dívida norte-americana.

O índice industrial Dow Jones escalou 63 pontos, ou 0,2% – o mesmo ganho registado pelo empresarial S&P 500. Já o tecnológico Nasdaq avançou 0,3%.

O ânimo deve-se a algum progresso nas negociações tidas entre o porta-voz da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, que saiu do Capitólio na quinta-feira à noite e afirmou que um acordo ainda não tinha sido alcançado. Contudo, vários órgãos norte-americanos noticiam que esse acordo está para breve e que esse tecto poderá aumentar durante dois anos.

A secretária norte-americana do Tesouro, Janet Yellen, tem repetidamente alertado que a economia do país pode entrar em default já no dia 1 de junho se esse acordo não for alcançado antes.

Este vai-não-vai das negociações tem pesado no sentimento dos mercados esta semana. O S&P 500 entrou na última sessão da semana a ganhar, é certo, mas mais magro 1% do que estava na semana passada. No espectro semanal, também o Dow Jones recuou 2%. Só o Nasdaq saiu a ganhar desta indecisão – 0,3%.

A alta ligeira, explica o analista de mercados do Millennium Investment Banking Research, Ramiro Loureiro, surge “depois dos dados de encomendas de bens duradouros terem mostrado sinais positivos nos embarques de bens de capital e nas encomendas de bens de capital em abril”.

“Já o deflator de preços mostrou um aumento das pressões inflacionistas, medida preferida da Fed para medir a inflação, o que justifica uma subida das yields de dívida soberana”, acrescenta o especialista.

Já sobre as cotadas, Loureiro destaca as “reações positivas às contas de Marvell Technology, Workday e Gap [que] reagem positivamente aos números apresentados. Já a Ulta Beauty reage negativamente. A Tilray tomba mais de 20% após nova emissão de dívida”, conclui.

No mercado de câmbio, o euro desvaloriza esta tarde 0,05% face ao dólar, com a moeda comunitária a valer agora 1,0722 dólares. Por sua vez, a moeda do ‘tio Sam’ ganha alguma vantagem sobre o iene japonês, na ordem dos 0,23%.

Nas praças mundiais, o petróleo está também a valorizar. O barril de Brent está agora a ser negociado por 77 dólares, uma subida de quase 1%. Já o texano WTI ultrapassa essa meta, a subir 1,27%, com o preço do barril fixado nos 72,74 dólares.

Regista-se também a desvalorização do gás natural em mais de 3%.