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Wall Street entra em julho com o pé esquerdo

O sector dos semicondutores está a cair após a empresa Micron Technology, fabricante de chips, ter apresentado um ‘guidance’ fiscal para o quarto trimestre que desiludiu o mercado. As concorrentes perdem mais de 2% no arranque da última sessão da semana.
1 Julho 2022, 13h49

A bolsa de Nova Iorque abriu a sessão desta sexta-feira, a primeira do mês de julho e a última da semana, em terreno negativo. As yields também caem hoje.

Em Wall Street, o índice industrial Dow Jones desliza 0,02% para os 30.769,32pontos, o financeiro S&P 500 – que ontem teve o seu pior desempenho semestral das últimas décadas – caiu 0,34% para os 3.772,60 pontos, e o tecnológico Nasdaq perdeu 0,76% para os 10.950,04 pontos. Por sua vez, o Russell 2000 valorizou 0,16% para os 1.702,40 pontos.

“Esta madrugada, o PMI Indústria Caixin da China surpreendeu em alta e recuperou a zona de expansão em junho (51,7), confirmando a leitura do PMI oficial de ontem (50,2). Contudo, o relatório Tankan do segundo trimestre do Japão foi mais
negativo do que o esperado. Os mercados asiáticos fecharam em baixa”, começam por recordar os analistas do Bankinter.

“Nos Estados Unidos, o ISM indústria de junho voltará a mostrar alguma desaceleração. Dados que apontam para uma estagflação e que continuam a bloquear as bolsas”, assinalam, em research.

Nas empresas, é o sector dos chips que se destaca. A Micron Technology está a cair 3,09% para 53,57 dólares, depois de ter apresentado um guidance (orientação) fiscal para o quarto trimestre que desiludiu o mercado. Entre as concorrentes da indústria dos semicondutores, como a Nvidia (-2,66% para 147,56 dólares), a Qualcomm (-2,33% para 124,76 dólares) e a Marvell (-2,27% para 42,54 dólares), o sentimento é igualmente pessimista.

“O sector automóvel também segue penalizado devido a constrangimentos nas cadeias de distribuição, que têm vindo a afetar a produção de veículos, e também devido a um impacto na procura, com algumas empresas a reportar um decréscimo nas vendas. De destacar ainda a Kohl’s, que cai mais de 18% depois do Concelho ter rejeitado uma oferta para aquisição da empresa”, acrescenta Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota de mercado.

Quanto às matérias-primas, o ‘ouro negro’ sobe mais de 2%. O preço do WTI, produzido no Texas, avança 2,48% para os 108,38 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent sobe 2,18% para os 111,41 dólares por barril.

No mercado cambial, o euro está a depreciar 0,73% para os 1,0405 dólares, enquanto a libra esterlina recua 1,36% face à moeda dos Estados Unidos, para os 1,201 dólares.

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