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Wall Street fecha mista à espera do resultado das eleições

O ambiente de incerteza em torno do próximo presidente não parece afetar os mercados norte-americanos, que veem os seus três principais índices fecharem uma das mais voláteis e marcantes semanas da vida política do país com ganhos semanais como não se verificavam desde abril.
  • Wall Street
6 Novembro 2020, 21h33

Os índices da NYSE fecharam a sessão de sexta-feira mistos, com o Dow Jones e o S&P 500 a encerrarem no vermelho. O Dow caiu 0,24% para os 28.323,40 pontos, ao passo que o S&P perdeu 0,04% para os 3.509,04 pontos Pelo contrário, o Nasdaq terminou o dia em alta, subindo 0,04% para os 11.895,23 pontos. O dia ficou marcado pela continuação da espera pelos resultados da eleição presidencial norte-americana.

Numa semana de grande agitação e incerteza política, criada pela eleição e as subsequentes alegações presidenciais de fraude, os mercados norte-americanos reagiram de forma diferente e fecharam a sexta-feira em posições mistas. Curiosamente, a semana fecha com ganhos semanais como não se viam desde abril nos três principais índices, apesar das quedas desta sexta-feira no Nasdaq e S&P500.

Vários analistas haviam apontado para o cenário de indeterminação e incerteza em torno do vencedor, além do prolongamento da contagem como o resultado que Wall Street mais queria evitar, independentemente do vencedor final. Apesar disso, os mercados têm evitado o pior, em parte motivados pelos números do emprego nos EUA, que se revelaram encorajadores.

As empresas americanas acrescentaram 638 mil empregos à economia em outubro, acima das previsões de 600 mil, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira.

Já o dólar fechou a semana com fortes quedas face ao euro, acabando a desvalorizar 0,29% contra a moeda única. Já contra o renminbi, a divisa chinesa que tem sido das mais sensíveis ao resultado da eleição, até pela guerra comercial em curso entre os EUA e a China, o dólar acabou o dia a ganhar 0,2%.

O petróleo terminou a semana com uma queda significativa, perdendo 3,66% para os 37,37 dólares por barril. No caso do ouro negro, a incerteza gerada pela eleição é agravada pelo número recorde de novos casos diários confirmados de infeção por Covid-19 nos EUA, que penalizam a cotação do barril.

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