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‘Web Talk’ JE e Huawei: “Marcas fortes como o Expresso e o Jornal Económico vão ter um papel importante”, perspetiva CEO do Grupo Impresa

CEO da Impresa destacou uma procura incessante por informação por parte do público nesta altura da pandemia. A tecnologia promete continuar a revolucionar os setores de Media e Entretenimento nos próximos anos e esse foi o tema em debate na Web Talk “Media & Entretenimento” inserida no ciclo de conferências online “A Step into the Future”, organizada pelo Jornal Económico e pela Huawei Portugal.
  • Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa.
24 Julho 2020, 18h31

A criação do smartphone, entre 2008 e 2009, tornou o ser humano mais móvel e permitiu também a adoção da prática do teletrabalho, que esteve em destaque, e ainda se mantém, durante a pandemia da Covid-19. Esta foi uma das ideias principais que deixadas por Francisco Pedro Balsemão na Web Talk sobre “Media e Entretenimento” desta sexta-feira, 24 de julho, organizada pelo Jornal Económico em parceira com a Huawei Portugal, no âmbito do ciclo ‘A Step Into de Future’.

Questionado sobre a possibilidade da existência do teletrabalho “há 10 ou 15 anos”, o CEO do grupo Impresa assume algumas dúvidas, acrescentando que “estamos culturalmente preparados” para este tipo de trabalho no presente, uma vez que “foi um processo que começou há 10 ou 12 anos com a criação do smartphone, quando começou a andar no nosso bolso” e criou diversas ferramentas portáteis.

“Diria que, no nosso caso, que somos uma empresa que tem uma estrutura bastante heterogénea, tivemos pessoas que não puderam ir para casa no confinamento, que são os chamados soldados na linha da frente, porque são os que trabalham na redação, onde não é possível ter toda a gente em casa”, assumiu Francisco Pedro Balsemão, acrescentando que existiu um “movimento híbrido em que uns ficaram e outros foram para casa”.

“Deixa-me dizer-te que esta situação do teletrabalho me preocupa, porque no meu caso em particular, é importante termos a intervenção e interação presencial e, em termos culturais, acho que uma empresa de media não vive sem, no mínimo, haver trabalho híbrido com todos os temas positivos e as mais valias que traz o teletrabalho porque, de facto, permite maior eficácia”, exemplificando que “as reuniões são muito mais curtas” através das plataformas, e por as pessoas não perderem tempo nas deslocações para o local de trabalho. “Vamos ter de encontrar um equilíbrio entre as duas formas de trabalhar”, sustentou o CEO do grupo dono da SIC e Expresso.

Grupos de media mais eficientes

Sobre a forma como a tecnologia é decisiva e pode ajudar um grande grupo de media a ser mais eficiente no negócio e operação, Francisco Pedro Balsemão aponta que o tema da tecnologia não é algo que tenha surgido com a pandemia e que “já há muito tempo se falava da transformação digital nas empresas”, sendo que o que se tem verificado atualmente é a “necessidade de acelerar essa transformação”.

No caso da Impresa, contrariamente aos espetáculos, o grupo de media observou a uma procura incessante por informação por parte do público. “Tivemos as pessoas a aceder de forma maciça àquilo que são os nossos produtos, e o consumo de televisão disparou, os conteúdos digitais dispararam e batemos recordes em várias frentes diferentes”, explicou.

“O que sinto é o acelerar de uma tendência que já existia. Ou seja, esta tendência para multi-plataformas para aquilo que os consumidores já sentiam antes, essa necessidade de consumir informação, entretenimento em multi-plataforma, que só veio acelerar esse padrão”, sustentou na sua intervenção. Um dos exemplos do CEO foi as pessoas mais velhas a migrarem para o digital, onde “se tornaram muito mais sofisticadas na utilização de ferramentas digitais” e pessoas mais jovens a retomarem o “contacto com aquilo que é a televisão linear, com informação mais credível que surge dos canais de televisão e dos noticiários”.

Francisco Pedro Balsemão destacou ainda o crescimento da imprensa escrita durante a pandemia. “Estamos quase com 39 mil assinantes digitais, que é um número fantástico, e isso foi um aumento que se viu na pandemia e curiosamente não sofremos uma erosão nas vendas em banca, até estamos a subir”, sustentou. “Isso mostra que marcas fortes, como o Expresso e o Jornal Económico vão ter um papel importante e preponderante”, disse na intervenção.

Algo evidenciado pela pandemia foi a produção de conteúdos para clientes “numa lógica B2B [Business to Business]”. Se antes a aposta era nos eventos presenciais, os clientes “tiveram de adaptar para o digital” e isso significa “um investimento muito importante” para as duas partes envolvidas.

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