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WikiLeaks divulga e-mails comprometedores para Hillary

Campanha da ex-secretária de Estado acusa a Rússia de estar envolvida na divulgação das informações.
  • Carlos Barria/Reuters
13 Outubro 2016, 07h20

Milhares de e-mails relativos à campanha presidencial de Hillary Clinton foram divulgados pela WikiLeaks e terão sido subtraídos da conta profissional de John Podesta, precisamente o responsável pela campanha da ex-secretária de Estado, conforme revela a imprensa dos Estados Unidos. E, tal como já fizera o Governo norte-americano, também os responsáveis que estão ao lado de Hillary dirigiram acusações à Rússia no sentido de esta estar envolvida na ação para favorecer a eleição de Donald Trump como presidente no próximo dia 8 de novembro.

Podesta não confirmou se os e-mails são verdadeiros, mas indicou que o FBI está a investigar o processo que levou à divulgação, entre a passada sexta-feira e ontem, várias tomadas de posição comprometedoras de Hillary Clinton. Num desses casos, divulgados pela agência Associated Press, a mulher do ex-presidente Bill Clinton terá afirmado, perante um grupo de investidores imobiliários, que é necessário “ter uma posição privada e outra pública”.

Um outro caso diz respeito a um discurso seu no Deutsche Bank onde manifestou a opinião de que a reforma do setor financeiro “deve sair do interior da própria indústria”. Outra afirmação que a candidata democrata terá feito diz respeito à preferência por um “mercado comum hemisférico com livre comércio e fronteiras abertas”.

Quem aproveitou de imediato a oportunidade foi o próprio rival do Partido Republicano, Donald Trump, que acusou a a imprensa norte-americana de se fingir distraída e ignorar a informação divulgada. “Muito pouca cobertura dos meios fraudulentos sobre a incrível informação revelada pela WikiLeaks. Que falsos! Sistema fraudulento”, escreveu na sua conta do Twitter.

A agência Reuters apontou, entretanto, que a WikiLeaks terá perto de 50 e-mails para divulgar e que, até ao próximo dia 8, data das eleições presidenciais nos Estados Unidos, irá fazê-lo aos poucos.

 

 

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