Depois de conseguir evitar a extradição para os EUA, Julian Assange viu esta quarta-feira o seu pedido de libertação ser negado, depois de ter submetido um pedido para que lhe fosse permitido regressar à liberdade mediante o pagamento de uma fiança.
A juíza responsável pelo processo justificou a decisão com o perigo de fuga do arguido, argumentando que havia o risco plausível de que Assange não comparecesse mais em tribunal para as restantes audiências.
Assange, de nacionalidade australiana, que enfrentava 18 acusações por espionagem e conspiração para cometer ataque informático, procura agora a liberdade ao fim de oito anos de encarceramento, primeiro na Embaixada do Equador em Londres, onde esteve exilado até abril de 2019, e depois numa prisão de segurança máxima naquela cidade.
Apesar de ter visto o pedido americano de extradição recusado, a Assange também foi já negada fiança pela mesma juíza, que alega preocupações com a saúde mental do fundador da WikiLeaks, que classifica como de elevado perigo de suicídio.
O processo nos EUA prendia-se com a divulgação de centenas de milhares de documentos classificados ligados à defesa e à diplomacia norte-americanas. Os admiradores de Assange consideram-no um ativista pela liberdade de imprensa e por expor práticas condenáveis de várias missões americanas, enquanto que os seus críticos o acusam de ser uma marioneta política, em parte pela divulgação pela WikiLeaks dos mails de Hillary Clinton meras semanas antes da eleição de 2016.
[notícia atualizada às 12h02]
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