Worldcoin. O projeto que utiliza a íris para criar um sistema de trocas económicas

Sam Altman é o novo rapaz prodígio do Silicon Valley, cofundador da OpenAI, a empresa por detrás do ChatGPT, que revolucionou o mundo ao disponibilizar a Inteligência Artificial (IA) para todos e é o cofundador do projeto Worldcoin, que pretende criar uma rede segura e rastreável para realizar trocas económicas, com o uso da íris dos olhos das pessoas.

O Worldcoin é um projeto criptográfico tem como objetivo registar a íris como marca biométrica do maior número de pessoas possível, criando assim uma forma de verificar a identidade das pessoas. Para realizar esta tarefa o Worldcoin oferece uma quantia em dinheiro token, o próprio dinheiro do Worldcoin, às pessoas interessadas. Esta ideia já fez o scan a cerca de dois milhões de olhos, alguns deles em Portugal e Espanha.

Esta ideia tem como objetivo final criar um grande banco de dados verificados para que, no futuro, seja um veículo para construir um sistema 100% seguro e rastreável de trocas económicas. O lema “a economia global pertence a todos nós” é o mote principal deste projeto.

Para proceder à leitura da íris que o token (criptomoeda) necessita, é utilizado um dispositivo chamado orb, que faz um scan da íris das pessoas para verificar a sua identidade. O uso desta ferramenta resolve um problema que afeta o projeto, “mais de 50% da população mundial carece de uma identidade humana verificável. Na era da IA, onde a linha entre o que é real e falso é muito ténue, este teste torna-se muito importante”, esclarece o projeto.

Os fundadores do Worldcoin, Sam Altman e Alex Blania, imaginaram este projeto como um sistema de distribuição global para a renda básica universal, que é essencialmente dinheiro regular para todos para cobrir necessidades básicas. Altman ainda esperava que a sua moeda pudesse ser utilizada para distribuir os enormes benefícios gerados pelos sistemas de IA.

A chegada da tecnologia com a utilização de IA tem enfrentado sérios problemas, nomeadamente com os reguladores da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos, que continuam a debater sobre o uso desta tecnologia e as suas consequências.