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Wuhan proíbe consumo e criação de animais selvagens

Este é o primeiro plano em que as autoridades chinesas se comprometem em pagar aos criadores para conter a tentativa de criação de animais selvagens, incentivando-os a produzir ervas para chá ou medicamentos naturais. 
20 Maio 2020, 18h55

A cidade de Wuhan, considerada o epicentro da pandemia da Covid-19, baniu oficialmente o consumo de animais selvagens, avança a ‘CBS’ esta quarta-feira, 20 de maio. Além desta proibição, os agricultores chineses também estão a receber dinheiro para deixar de criar animais exóticos.

Estas duas decisões colocam pressão à China para reprimir o comércio ilegal de animais selvagens, que têm vindo a ser culpados por esta pandemia. As suspeitas recaíram primeiramente em morcegos e depois em pangolins, até então sem certezas de que animal poderá ter começado a cadeia de transmissão, sabendo-se apenas que se terá iniciado no mercado de carne de Wuhan.

O governo de Wuhan, cidade que tem 11 milhões de habitantes, começou a registar os primeiros casos de infeção pelo vírus, até então desconhecido, em dezembro do ano passado. Tal como a proibição dos mercados de carne exótica, a cidade também proibiu a caça de animais selvagens, declarando a cidade como “um santuário da vida selvagem”, com a exceção da caça de alguns animais, por parte do governo, para “pesquisa científica, regulação de população e monitorização de doenças epidémicas”, esclarece a ‘CBS’.

O governo deixou claro que a proibição da criação de animais selvagens serve para que estes não sejam criados como alimentos para humanos. Este é o primeiro plano em que as autoridades chinesas se comprometem em pagar aos criadores para conter a tentativa de criação de animais selvagens, incentivando-os a produzir ervas para chá ou medicamentos naturais.

Segundo a ‘CBS’, as autoridades chinesas vão avaliar as quintas dos criadores e os seus inventários, e oferecer um pagamento único de 120 yuans (14,57 euros) por cada quilo de cobra-rato e cobra-rei, além de 75 yuans (9,63 euros) por cada quilo de rato de bambu. Por sua vez, as civetas, que se estima terem infetado os humanos com a síndrome respiratória severa aguda (SARS) podem valer 600 yuans (77 euros).

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