A injeção será feita na Wynn Resorts (Macau) SA, subsidiária à qual o Governo atribuiu no sábado uma licença provisória para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, válida por 10 anos, de acordo com um comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, no domingo.
A Wynn confirmou, na mesma nota, que o aumento de capital será feito “de forma a poder assinar um contrato para uma nova concessão de jogo” em Macau, o único local da China onde o jogo em casino é legal.
A nova lei do jogo, aprovada em junho, sobe de 200 milhões de patacas (23,9 milhões de euros) para cinco mil milhões (600 milhões de euros) o capital social mínimo das operadoras de casinos.
Após a injeção, a participação da diretora executiva da Wynn Macau, Linda Chen Chih-Ling, irá aumentar de 10% para 15%. A nova lei do jogo requer também que pelo menos 15% do capital das operadoras de jogo esteja nas mãos de um residente permanente do território.
Também no domingo, outra operadora de jogo de Macau, a Sands China Ltd, disse à bolsa de Hong Kong que teria de “cumprir certos requerimentos no que toca ao capital e participação social” para obter a licença de forma definitiva.
Outras operadoras, incluindo a Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo falecido magnata do jogo Stanley Ho, e a MGM China Holdings Ltd, já tinham aumentado o capital para cumprir as novas regras.
No sábado, o Governo de Macau anunciou a atribuição de licença provisória de jogo às seis operadoras presentes em Macau, deixando de fora o grupo malaio Genting, “sem experiência de exploração de jogo” no território.
A adjudicação definitiva e a celebração dos contratos vão ser finalizadas em dezembro, estando previsto que as novas licenças entrem em vigor a 01 de janeiro de 2023, disse o presidente da comissão do concurso público.
André Cheong Weng Chon disse esperar que a Assembleia Legislativa aprove, em dezembro, o regime da atividade de exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, atualmente a ser analisada em comissão.
Cada um dos concorrentes teve de pagar uma caução de pelo menos dez milhões de patacas (1,22 milhões de euros) para apresentar as propostas a concurso, aberto no final de julho.
Desde o início da pandemia, as operadoras em Macau, que segue uma política “zero covid-19”, têm acumulado prejuízos sem precedentes devido à queda do número de visitantes, sobretudo da China, na sequência de vários surtos no território e no continente e da imposição de medidas de prevenção e controlo da doença, incluindo o encerramento dos casinos.