Ao contrário do que vão dizendo por aí, a autoridade máxima do Qatar, o emir Tamim bin Hamad Al Thani, é um radical que não olha a meios para transformar o seu país num polo de modernidade: escolheu em tempos uma mulher para dirigir a pasta das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (entretanto substituída por Mohammed bin Ali Al Mannai), acabou com a obrigação de o Ministério dos Negócios Estrangeiros estar sob a alçada de um familiar seu, encheu o país de leis do trabalho do mais moderno que há – desde o salário mínimo até às férias pagas, passando pelo dia de descanso semanal – e comprou 21,67% do capital social do Sporting de Braga.
Adensam-se por isso as dúvidas sobre o que terá dito no Qatar o nosso Presidente da República, que prometeu repreender em público Tamim bin Hamad Al Thani pelas suas derivas medievais e aplicar-lhe um forte puxão de orelhas (em versão diplomática, evidentemente, dado que não se conhecem impulsos suicidários a Marcelo Rebelo de Sousa) pela sua preguiça em abraçar a defesa dos direitos humanos.
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