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YouTube, Facebook e Instagram ‘ajudaram’ Trump a chegar à Casa Branca, indica novo relatório

Relatório do Senado norte-americano indica provas de que os agentes russos procuraram ajudar Trump a ganhar as eleições de 2016. YouTube, o Tumblr, o Pinterest, o Instagram e o Google+ foram afetados pela interferência da Rússia, bem como pelo Facebook e Twitter.
17 Dezembro 2018, 15h22

Um relatório preparado para o Senado norte-americano, e divulgado hoje, que fornece uma análise mais abrangente da campanha de manipulação da Rússia em torno das eleições presidenciais norte-americanas de 2016, concluiu que a operação utilizou todas as principais plataformas sociais para induzir conteúdo adaptado ao interesse dos eleitores para ajudar a eleger Donald Trump como o 45º presidente norte-americano.

O ”Washington Post” (WP) obteve um rascunho do relatório, que inclui alegações de que o YouTube, Tumblr, Google+, Pinterest e Instagram – assim como o Facebook e o Twitter – foram os principais canais de manipulação de intenção de votos nas campanhas presidenciais de 2016.

O relatório foi elaborado pelo Projeto de Propaganda Computacional da Universidade de Oxford e pela empresa de análise de redes sociais Graphika. No documento, os autores criticam ainda a  “resposta atrasada e descoordenada” das empresas de tecnologia.

Esta é a primeira análise de milhões de publicações em redes sociais fornecidas pelo Twitter, Google e Facebook ao Comité de Inteligência do Senado. Foram analisados conteúdos digitais de vários anos anteriores até meados de 2017.

O relatório sugere que as maiores plataformas sociais foram afetadas, tendo a Rússia adaptado técnicas de marketing digital para alcançar maiores audiências em vários canais. Para além destas redes sociais, os agentes russos manipularam também contas de e-mail do Yahoo, do serviço Hotmail da Microsoft e do Gmail.

O relatório, que também analisou os dados fornecidos separadamente aos membros do Comité de Inteligência da Câmara, não contém informações sobre momentos políticos mais recentes, como as eleições intercalares de novembro.

“O que está claro é que todas as publicações foram feitas claramente para beneficiar o Partido Republicano – e especificamente Donald Trump”, explica o relatório. “Trump é mais mencionado em campanhas dirigidas a conservadores e eleitores de direita, em que encorajavam esses grupos a apoiar a sua campanha. Os principais grupos que poderiam dificultar a vitória de Trump foram alvos de publicações que tinham como objetivo confundir, distrair e, finalmente, desencorajar os membros de votar ”, cita o WP.

Democratas e republicanos no painel já teriam estudado a descoberta de 2017 do Comité de Inteligência dos EUA que Moscovo pretendia ajudar Trump e, em julho, revelaram que os investigadores chegaram a essa conclusão. Apesar do seu trabalho e das provas evidentes, alguns republicanos no da administração Trump continuam a duvidar da natureza da interferência da Rússia na última eleição presidencial.

 

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