A Yupido, a empresa portuguesa que se tornou famosa por ter um capital social de quase 29 mil milhões de euros, afirma-se como uma startup tecnológica, que está a construir uma plataforma digital de media inovadora e garante cumprir todas as regras societárias.
“A Yupido passou por todos os processos de identificação necessários”, afirma Francisco Mendes, diretor de comunicação, em declarações ao Jornal Económico.
Francisco Mendes justifica o secretismo da empresa com a necessidade de garantir o segredo num mercado que é extremamente competitivo.
“Somos extremamente rigorosos com a informação, porque decorre do processo de desenvolvimento do nosso trabalho. Comunicamos sem nunca pôr em causa a operação da empresa”, afirma.
A Yupido tornou-se um dos tópicos quentes na rede social Twitter, esta semana, depois de ter sido descoberto que o capital social da empresa portuguesa é de 28.768.199.972 euros, um valor equivalente a 15% do PIB português.
A startup foi constituída em julho de 2015, já com um capital social superior a 243 milhões de euros. No ano passado, o capital social foi aumentado para o atual valor através da incorporação de 28,5 mil milhões de euros de ativos intangíveis, que se devem à plataforma digital em desenvolvimento.
Francisco Mendes diz que as operações de registo e aumento do capital da empresa são públicas, rejeitando especulações. “Se há preocupações regulatórias, deixem os reguladores agirem”, afirma.
O valor do capital social, explica, “prende-se, essencialmente, com a natureza da atuação da empresa”, que tem por ambição ser um player de projeção global. “Propomo-nos a alterar o paradigma nas áreas onde vamos trabalhar”, aponta.
A empresa recusa dar mais pormenores sobre a plataforma, exatamente pela necessidade de manter o segredo: “A plataforma ainda não está a ser distribuída. Comunicar agora é atrair atenções desnecessárias, de possíveis concorrentes, e isso é algo que não queremos nesta fase”, diz.
Mendes salienta que a Yupido é uma startup em desenvolvimento e que o objetivo é “criar empregos e infra-estruturas”.
“Não podemos ser os novos velhos do Restelo. É importante dar liberdade e deixar as empresas trabalharem, apoiadas pelo país, e não ao contrário”, diz.
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