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Zelensky afirma que forças ucranianas estão prontas para contraofensiva

Em entrevista, o Presidente da Ucrânica garante que as forças do seu país estão prontas para uma contraofensiva. “Acreditamos firmemente que vamos conseguir”, diz. Há mais de um ano que a Rússia tem em curso uma ofensiva contra a Ucrânia.
  • Volodymyr Zelensky/Twitter
3 Junho 2023, 21h40

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que as forças ucranianas estão prontas para uma contraofensiva para repelir a invasão de Moscovo, admitindo mais perigosidade sem ajuda ocidental para a defesa antiaérea.

“Para mim, a partir de hoje estamos prontos. Acreditamos firmemente que vamos conseguir”, declarou Zelensky em entrevista ao jornal norte-americano Wall Street Journal, salientando que a ofensiva contra os russos será mais perigosa para os ucranianos sem ajuda dos países ocidentais para a defesa antiaérea.

“Toda a gente sabe que uma contraofensiva sem superioridade aérea é muito perigosa”, indicou, acrescentando que não há uma estimativa para o tempo que poderá demorar.

As baterias de mísseis Patriot, usadas contra aviões de combate ou mísseis, são sistemas de armas capazes de proteger os céus da Ucrânia porque “priva a Rússia da sua capacidade de intimidar milhões de pessoas”.

Zelensky admitiu ainda na entrevista que a Ucrânia não poderá aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) enquanto estiver em guerra com a Rússia.

“Não queremos ser membro da NATO durante a guerra”, declarou, pedindo no entanto aos países da Aliança Atlântica que deem “um sinal” de uma possível futura adesão durante a cimeira que decorrerá em Vilnius, na Lituânia, em 11 e 12 de julho.

“Se não formos reconhecidos e não recebermos um sinal em Vilnius [sobre uma possível adesão no futuro], penso que será inútil a Ucrânia participar”, considerou.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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