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Zelensky invoca ‘O Grande Ditador’ de Chaplin em Cannes

“O cinema vai ficar calado ou vai falar sobre isto? Se houver um ditador, se houver uma guerra pela liberdade, novamente, tudo depende da nossa unidade. O cinema pode ficar de fora?”, questionou. Por fim, disse que a sua crença é a mesma do clássico cinematográfico: “a liberdade não morrerá”.
18 Maio 2022, 12h05

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na abertura do 75º edição do Festival de Cannes, na terça-feira, que é preciso um novo Cherlie Chaplin que prove que, “no nosso tempo, o cinema não é silencioso”. Referindo-se em concreto à invasão russa, o chefe de Estado fez questão de relembrar que “centenas de pessoas morrem todos os dias” e que “não vão se levantar após o aplauso final”.

Em videoconferência, traduzida para francês em tempo real, Zelensky declarou aos cineastas que eles não podiam ser complacentes e ficar parados enquanto a guerra acontecia, segundo o “The Independent”.

Relembrando o filme “O Grande Ditador” de Chaplin, no qual o ator retrata um líder fascista que se assemelha a Adolf Hilter,o presidente ucraniano salvaguarda que a obra “não destruiu o verdadeiro ditador”, mas mostrou que “o cinema não foi silencioso”, e que isso é necessário uma vez mais.

“O cinema vai ficar calado ou vai falar sobre isto? Se houver um ditador, se houver uma guerra pela liberdade, novamente, tudo depende da nossa unidade. O cinema pode ficar de fora?”, questionou.

E citou: “O ódio dos homens passará, e os ditadores morrerão, e o poder que tiraram do povo retornará ao povo. E enquanto os homens morrerem, a liberdade nunca perecerá”. Por fim, fez questão de dizer que é essa também a sua crença. “Tenho certeza de que o ditador perderá… Glória à Ucrânia”, concluiu.

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