[weglot_switcher]

Zharta capta 4,3 milhões para plataforma de empréstimos em tempo real

A criadora de um protocolo para empréstimos instantâneos assegurados por NFTs fechou uma ronda seed de 4,3 milhões de euros para acelerar a próxima fase de crescimento da empresa, que se soma à ronda inicial de cerca de 300 mil euros.
20 Julho 2022, 15h07

A Zharta, criadora de um protocolo para empréstimos instantâneos fechou uma ronda seed de 4,3 milhões de euros para acelerar a próxima fase de crescimento da empresa, anunciou esta quarta-feira em comunicado. A empresa já tinha levantado uma ronda inicial de cerca de 300 mil euros vindos de angel investors. Nesta plataforma, as garantias dos empréstimos serão NFTs.

O financiamento liderado pelos alemães da Greenfield One conta também com a participação da Shilling.vc e da Possible Ventures e de alguns dos mais badalados players da indústria Web3 – SpaceShipDao e UniwhalesDao -, e ainda da Clever, da Olisipo Way e de outros business angels. O investimento foi assessorado pelos advogados da Cuatrecasas.

A Zharta pretende lançar até ao fim do verão uma plataforma que permite empréstimos em tempo real, um modelo alavancado em ‘lending pools’ e modelos de avaliação para “descoberta de preços de NFTs, a nova classe de ativos digitais suportada pela tecnologia blockchain”, refere o mesmo comunicado. Esta app será gerida através de Inteligência Artificial (IA).

Utilizando esses NFTs como garantia, a Zharta quer assim “promover a democratização do mercado para o retalho, aumentar a liquidez e opções financeiras” sobre esses mesmos criptoativos. O objetivo é tornar-se uma peça vital da nova infraestrutura da web3. A startup fundada por Diogo Pires, Nuno Cortesão e Pedro Granarte – engenheiros do Instituto Superior Técnico – prevê facultar o acesso ao capital para os nativos de DeFi (decentralized finance) e NFTs através daqueles que enumeram ser três pilares: simplicidade, orientação à experiência e confiança – três áreas na qual as startups da nova web não têm tido muito sucesso.

“Queremos criar a melhor experiência, centrada na aprendizagem das necessidades dos consumidores nativos deste mercado emergente, para que um dia possamos expandir o produto para uma audiência maior e conquistar o mercado de massa”, diz na nota enviada o cofundador e CEO da Zharta, Nuno Cortesão. Atualmente, as coleções que podem ser dadas como garantia dos empréstimos são: Doodles, Mutant Ape Yatch Club, Bored Ape Kennel Club, World of Women,; VeeFriends, Cool Cats, Hashmasks, e Pudgy Penguins, mas “mais coleções serão adicionadas no futuro”, garante o CEO.

Sobre o investimento, o sócio da Greenfield One, David An, diz que “a Zharta fornece um importante alicerce na capitalização de NFT”. Já o partner da Shilling.vc, Pedro Rosa, diz que acredita que “existem as condições certas para a aceleração de protocolos na intersecção de DeFi e NFTs, pelo que não poderíamos estar mais entusiasmados em apoiar a equipa da Zharta nesta ronda de investimento”, mas assinala que “uma componente fulcral da infraestrutura ainda por desbloquear é a colaterização – em que surge a solução da Zharta a proporcionar liquidez aos colecionadores e mercado geral de NFTs, ao mesmo tempo que incentiva a participação de novas entidades no ecossistema”.

Depois de uma fase inicial de testes a empresa quer no futuro expandir as avaliações de IA e pools DeFi para financiar outro tipo de NFTs, não servindo somente os colecionáveis, mas procurando também abranger os mercados emergentes de jogos P2E (play-to earn), metaverso e arte, atendendo não apenas ao retalho, mas abrindo caminho para trabalhar também com players financeiros institucionais.

O projeto diz abraçar os princípios da Web3 permitindo uma estrutura financeira modular e fornecendo uma plataforma fácil de usar que seja integrável.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.