A zona euro vai mesmo escapar à recessão em 2023, acredita o Goldman Sachs que está cada vez mais confiante no crescimento económico do bloco monetário este ano, prevendo um crescimento de 0,7% (mais 0,1% face à previsão anterior).
“Após dados resilientes de produção, preços mais baixos do gás, aliviamento das condições financeiras e uma reabertura mais precoce da China, melhorámos a nossa previsão de crescimento (…) e já não prevemos uma recessão da zona euro. Os desenvolvimentos [desde o início de janeiro, a previsão anterior] reforçaram a nossa convicção de que o outlook da zona euro melhorou e que as outras previsões continuam muito pessimistas”, segundo a nota hoje divulgada pelo banco norte-americano.
Analisando a próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE) que vai ter lugar a 2 de fevereiro, o GS espera uma subida de 50 pontos base “com o roteiro inalterado e alguns detalhes sobre a redução do balanço”.
O banco espera depois um terceiro aumento de 50 pontos base em março, com a taxa terminal a atingir os 3,25% em maio. “Apesar de um abrandamento em março ser ainda possível se a inflação arrefecer mais rapidamente”, o GS ainda prevê um novo aumento de 25 pontos base em junho se as pressões inflacionistas forem mais persistentes do que o esperado.
“Um declínio mais rápido na inflação deve aliviar preocupações (…) e ajudar a criar espaço para abrandar o ritmo de aumentos”, com o BCE a poder atualizar as suas previsões em março.