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Zuckerberg responde a funcionários do Facebook e pondera alterar regras de partilhas de cariz político

O criador do Facebook acredita que devem existir limites em torno das questões sobre o uso excessivo de força policial ou militar
2 Junho 2020, 16h20

Depois dos funcionários do Facebook terem tornado pública a sua revolta em relação a uma publicação de Donald Trump nas redes sociais, Mark Zuckerberg explora a possibilidade de mudar as políticas da empresa em relação às partilhas de cariz político, segundo a Bloomberg que cita o site noticioso The Verge.

“Existe uma questão importante nesta situação, sobre se devemos envolver as nossas políticas com a discussão da utilização da força pelo Estado”, disse Zuckerberg numa gravação a que o The Verge teve acesso. “Nos próximos dias, tendo em conta que a Guarda Nacional está a ser mobilizada, provavelmente iria estar mais preocupado com o uso excessivo de força policial ou militar. Penso que este é um bom argumento para existirem limites sobre o que está a ser discutido em torno desta questão”, completou.

Na sexta feira, dia 29 de maio, Mark Zuckerberg tinha explicado, na sexta feira, que não concordava com a interpretação do Twitter da frase do presidente americano sobre as manifestações que aconteceram pelos Estados Unidos, este fim de semana, que inclui a citação “quando o saque começar, a captura inicia” . “Discordo do que o presidente disse sobre o assunto, mas penso que as pessoas devem ter direito a ver por elas mesmas”, disse o criador do Facebook. Já o Twitter sinalizou a mensagem do presidente como uma publicação que incentivava violência.

A posição do líder do Facebook provocou algumas reações nas redes sociais da parte dos funcionários da empresa. Andrew Cow, que trabalha na área de design no Facebook considerou “inaceitável oferecer uma plataforma para incitar a violência e revelar desinformação, independentemente de quem é ou se é digno de nota. Eu discordo da posição de Mark e posso trabalhar para que as mudanças ocorram”.

“Não sei o que fazer, mas sei que não fazer nada é inaceitável. Sou um funcionário da Facebook que discorda totalmente da posição de Mark em não fazer nada sobre as publicações atuais de Trump, que claramente incitam a violência. Não estou sozinho dentro do Facebook”, publicou no Twitter Jason Sitrman, que trabalha em pesquisa e desenvolvimento na rede social.

Os protestos transcenderam as redes sociais e na segunda feira, dia 1 de junho, diversos trabalhadores escolheram não trabalhar como forma de manifestar o seu desagrado com a falta de ação de Mark Zuckerberg.

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