A decisão de vender ou não os 20% do BCP tem de ser vista à luz do que essa participação representa. É que a Fosun tem de escolher entre o encaixe financeiro da venda e a presença com uma participação estratégica num banco europeu, que cada vez é mais difícil de conseguir.
O Banco de Portugal publicou, esta segunda-feira, a revisão do aviso relativo aos planos de recuperação exigido às instituições de crédito, que devem ser enviados anualmente ao regulador bancário até 30 de novembro.
O banco liderado por Pedro Castro e Almeida diz que “a conclusão das fusões simplificadas encontra-se sujeita a determinadas condições precedentes, incluindo a obtenção das autorizações prévias aplicáveis por parte do Banco Central Europeu”.
A Reuters diz que a Fosun International está aberta à venda de sua participação remanescente no Millennium BCP (que é de 20,03%), após alienar algumas ações no início deste ano, de acordo com duas fontes familiarizadas com o processo.
Em 2022, os lucros dos sete maiores bancos em Portugal foram de 2.761 milhões de euros. A diferença desses resultados para 2023 é explicada essencialmente pelo efeito da subida dos juros do crédito que não foi acompanhada por uma subida dos juros nos depósitos ao mesmo ritmo.