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“2050? Precisamos de metas para 2020”. Greta Thunberg pessimista com nova Lei da Neutralidade Climática

“Não precisamos de metas apenas para 2030 ou 2050. Nós, acima de tudo, precisamos delas para 2020 e todos os meses e anos seguintes”, escreveram os ativistas do clima aos líderes europeus, numa carta em que Thunberg se destaca.
  • Greta Thunberg
4 Março 2020, 13h10

A Europa divulgou o ambicioso plano para se tornar o primeiro continente neutro em carbono, mas este plano não convenceu a ativista Greta Thunberg, aponta a ‘Bloomberg’ esta quarta-feira. O objetivo da União Europeia é tornar irrevogável a criação de uma meta para eliminar as emissões de carbono até 2050, sem a definição de metas intermédias.

“Emissões zero até 2050 para a UE são iguais à rendição”, lê-se na carta de Greta Thunberg e de outros 33 ativistas climáticos. “Significa desistir. Não precisamos de metas apenas para 2030 ou 2050. Nós, acima de tudo, precisamos delas para 2020 e todos os meses e anos seguintes”, escreveram os ativistas do clima.

O facto de Greta ter revelado uma opinião negativa relativamente ao objetivo para 2050 destaca, segundo a ‘Bloomberg’, os desafios que os políticos enfrentam, ao mesmo tempo que procuram equilibrar os interesses comerciais e as ambições de um movimento ambiental que se tornou mundial.

Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, colocou o aquecimento global e as alterações climáticas na discussão da UE com o Acordo Verde Europeu e o investimento de 100 mil milhões de euros na transição energética, uma vez que a maior parte dos europeus encaram as alterações climáticas como um problema sério.

Esta quarta-feira, 4 de março, a Comissão Europeia vai divulgar a Nova Lei da Neutralidade Climática e tudo o ela significa para o bloco europeu. O objetivo desta lei é colocar a Europa à frente de todos os outros na luta contra as alterações climáticas, mas ainda precisa de ser aprovada pelos governo nacionais da UE e pelo Parlamento Europeu, para que possa entrar em vigor. Só no segundo semestre de 2020 se vai proceder a uma análise para perceber as condições para aumentar a meta da redução carbónica nos próximos dez anos.

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