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Crédito à habitação recusado pelo banco? Estes são os cinco motivos mais comuns

Nalguns casos, os bancos podem recusar-se a conceder crédito para a compra de casa. Descubra aqui as situações em que isso pode acontecer.
6 Maio 2022, 10h00

Encontrar a casa ideal pode nem sempre ser fácil e, depois de escolhida, o desafio seguinte também pode não ser um “mar de rosas”: procurar, comparar, solicitar e ser aprovado num crédito à habitação.

Pode acontecer, em alguns casos, que os bancos se recusem a conceder crédito para a compra de casa. Porquê? Vejamos, neste artigo realizado pelo ComparaJá.pt, algumas das situações mais comuns:

1) Não ter um bom historial de crédito

Os bancos, quando emprestam dinheiro (principalmente quantias avultadas, como é o caso do crédito à habitação), pretendem ter a garantia de que o consumidor paga de volta o montante concedido acrescido de juros.

Como tal, não é de estranhar que não emprestem a clientes que não tenham um histórico de pagamentos “limpo”. Caso já tenha falhado prestações em empréstimos anteriores, os bancos que comercializam crédito à habitação em Portugal podem ter algumas reservas relativamente ao seu perfil de risco, dificultando-lhe o acesso ao financiamento pretendido.

Além disso, tenha atenção à sua taxa de esforço, a qual indica a sua capacidade de fazer face aos encargos dos seus créditos.

Porque o banco no qual vai solicitar o financiamento vai estar atento, com toda a certeza, existem maiores probabilidades de ver o crédito à habitação aprovado caso defina uma relação rendimentos-encargos viável (o que pode significar, em alguns casos, ter de alargar o prazo de pagamento para reduzir o esforço mensal para fazer face a todos os custos).

2) Loan-to-Value com risco elevado

Um dos principais rácios para avaliação do risco de crédito, especialmente no crédito à habitação, é o Loan-to-Value (LTV), que não é mais do que a relação que existe entre o valor de um financiamento e a garantia dada.

Este rácio, utilizado nos empréstimos imobiliários, equaciona assim o valor da hipoteca com o do imóvel dado como garantia, estando relacionado com o risco de incumprimento na medida em que quanto mais reduzido este valor for, maior será o incentivo do cliente em pagar a prestação.

No entanto, o LTV influencia o custo do empréstimo, já para não falar do risco. Quanto maior for o valor, maior será a taxa aplicada no crédito (spread), visto que o risco de financiamento por parte da instituição bancária também será superior. Por outro lado, quanto menor for o LTV, menor será a taxa de juro aplicada.

O rácio recomendado deve ser até 75%. Quanto mais elevado for esse valor, menos espaço de manobra tem para negociar as condições do empréstimo e menor confiança existe junto do banco, para além de não beneficiar de uma taxa de juro inferior.

3) Instabilidade profissional

Os bancos privilegiam os clientes que apresentam uma situação profissional estável. Desta forma, procuram diminuir o risco de conceder crédito a alguém que, de um dia para o outro, possa deixar de conseguir pagar as prestações devidas.

Assim sendo, terá mais hipóteses de conseguir ter um crédito habitação aprovado se tiver um contrato sem termo, trabalhar numa empresa financeiramente sólida e de grande dimensão ou possuir antiguidade na mesma.

4) Solicitar um empréstimo habitação antes dos 25 anos

A idade conta para adquirir um empréstimo. Em primeiro lugar, é natural que quem esteja com 20 e poucos anos receba um salário menor que não permita fazer face aos pagamentos inerentes a um empréstimo, para além das outras despesas mensais.

Além disso, é uma fase em que há menos estabilidade profissional, uma vez que os jovens ainda estão nos primeiros empregos.

Por fim, existe a questão de não haver historial de crédito. Os bancos retraem-se na altura de conceder crédito a clientes que não conhecem.

5) Conceder crédito apenas a um titular

Os bancos veem com bons olhos o facto de no crédito à habitação haver mais do que um titular. Porquê? Porque havendo mais do que um, é possível diluir o risco por ambos.

Por exemplo, se um dos titulares se encontrar numa situação profissional precária, o segundo titular poderá assegurar o esforço dos pagamentos mensais, evitando que se entre em incumprimento.

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