No último ano, 70% dos condutores alcoolizados mortos tinham valores de álcool no sangue para que conduzir já fosse considerado crime, ou seja, uma taxa superior a 1,2 gramas de álcool por litro de sangue (g/l), revela o “Jornal de Notícias” na edição desta segunda-feira, 30 de julho.
A proporção de vítimas mortais de acidentes rodoviários que tinham uma taxa de álcool no sangue superior a 0,5 g/l aumentou 6,2 pontos percentuais no ano passado, face a 2016, para 35,5%. Em 2015, a proporção tinha sido de 31,8%.
Os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária que foram enviados ao jornal, são baseados em informações dadas pel Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, que autopsiou 279 condutores, sendo que mais de metade não apresentava vestígios de álcool no sangue e 17 se encontravam dentro do limite legal.
No entanto, 99 ultrapassavam os 0,5g/l, sendo que quanto maior a quantidade de álcool no sangue, maior o número de vítimas. Dez c0ndutores morreram com menos de 0,9g/l, 20 no limite do valor considerado crime (1,2g/l) e 69 acima deste registo, que caso não tivessem perdido a vida teriam sido presos.
O maior número de condutores mortos, ou dos intervenientes em acidentes regista-se nas regiões Centro e Sul, seguido pelo Norte, sendo que nas duas primeiras o álcool chega a matar o dobro dos automobilistas, do que no norte do país.
Em relação ao número de peões o ano de 2017 registou a morte de 98 pessoas na sequência de acidentes de viação, sendo que 17 estavam com uma taxa de álcool no sangue acima dos 0,5g/l permitido por lei aos condutores.
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