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75% dos consumidores portugueses afirmam que o fenómeno Black Friday “já não faz sentido”, revela

Em relação às categorias que, na Black Friday de 2020, registaram o maior volume de compras, segundo a amostra recolhida, o sector da ‘tecnologia’ (telemóveis, computadores, televisões) com 58,60% apresenta-se como o principal, seguido pela categoria ‘moda’ (roupa e acessórios) com 51,60%.
24 Novembro 2021, 07h40

Um estudo conduzido pelo Portal da Queixa sobre o fenómeno Black Friday revela que 75% dos consumidores nacionais consideram não fazer sentido, por existirem “várias promoções ao longo do ano”. Outra das conclusões que espelha o sentimento dos portugueses é que, em 2020, apenas 30% dos consumidores participaram na onda de descontos da última sexta-feira de novembro.

“É verdade que a maioria dos portugueses compra quando há promoções, mas também é verdade que há marcas com artigos com descontos o ano inteiro. Esta prática instalada veio reduzir o impacto e interesse em eventos promocionais sazonais como a Black Friday, afirma o Portal da Queixa.

O inquérito foi realizado online e abrangeu um universo de dois mil inquiridos, com idades compreendidas entre os 18 e maiores de 65 anos. A maioria dos consumidores que participou no estudo é do género masculino (61,40%). Do género feminino (37,40%); “outro” (0,40%) e “prefiro não dizer” (0,80%).

De acordo com o estudo ‘Black Friday 2021’, 74,50% dos consumidores é da opinião de que a Black Friday “já não faz sentido”, tendo em conta as campanhas promocionais efetuadas ao longo de todo o ano. No entanto, para 25,50% dos portugueses, a opinião é contrária e afirmam que continua a fazer sentido.

Quando questionados sobre se têm por hábito esperar pelas promoções da Black Friday para realizar algumas das suas compras, 50,80% dos consumidores portugueses respondeu que ‘sim’ e 49,20% respondeu que ‘não’.

À pergunta “Em 2020 realizou compras no âmbito das promoções de Black Friday?”, apenas 30,40% respondeu que ‘sim’, e 69,60% respondeu que ‘não’.

Em relação às categorias que, na Black Friday de 2020, registaram o maior volume de compras, segundo a amostra recolhida, o sector da ‘tecnologia’ (telemóveis, computadores, televisões) com 58,60% apresenta-se como o principal, seguido pela categoria ‘moda’ (roupa e acessórios) com 51,60%.

A terceira categoria que registou o maior consumo foi a referente a ‘livros/música/papelaria’ com 23%. Segue-se a área da ‘beleza e cuidados pessoais’, com 15,60%, os produtos infantis (11,70%),  ‘alimentação e bebidas’ (8,60%), ‘cuidados animais’ e ‘outros’ em ex aequo (6,60%), ‘mobília e decoração’ (5,50%), ‘viagens’ (4,70%) e ‘bilhetes para eventos’ (1,20%).

Outra das revelações prende-se com a forma como os consumidores portugueses realizam as suas compras. Os inquiridos responderam que preferem loja física (37,90%), loja online (46,10%) e em ambas (16%).

Já no que se refere ao investimento, 28,10% disse ter gasto entre zero e 100 euros, 35,50% gastou entre 101 e 250 euros e 19,90% admitiu ter gastado entre 251 e 500 euros. Já 6,60% dos inquiridos fizerem compras entre os valores 501 e 750 euros e 9,80% dos consumidores revelou ter feito compras acima dos 750 euros.

À pergunta “como avalia a sua experiência com as compras durante a Black Friday?”, numa pontuação de um a dez, a maioria dos consumidores inquiridos atribuiu entre os cinco e os oito pontos, sendo que, a percentagem mais alta (21,90% do universo de inquiridos) atribuiu a classificação de “oito” à experiência de compra.

Sobre se os consumidores aproveitam a ocasião para fazer as compras de Natal, o estudo evidenciou que não, com 66,10% das pessoas a responder que não considera a Black Friday uma oportunidade para fazer compras de Natal. Apenas 33,90% respondeu que “sim”.

Sónia Lage Lourenço, presidente-executiva e fundadora do Portal da Queixa, afirma que “de acordo com os resultados do estudo realizado, interpretámos que o fenómeno Black Friday reduziu o seu impacto e interesse junto dos consumidores, consequência direta de todos os momentos de promoções que acontecem ao longo do ano”.

“Os dados relativos às compras no último ano, dão-nos ainda outra perspetiva: apesar da rápida adaptação às compras online – fruto dos condicionamentos vividos nos últimos tempos -, este não foi, de todo, o momento para comprar. Verificámos também que, ao contrário do que muitas vezes ouvimos, para o consumidor, esta não é vista como uma oportunidade para antecipar as suas compras de Natal.”, analisa a responsável.

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