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810 mil vacinados até março. Idosos com mais de 80 anos vão ser incluídos nos grupos prioritários

Além desta atualização, as pessoas a partir dos 50 anos, quem têm insuficiência cardíaca, doença renal e doença respiratória também passam a integrar o grupo de risco com prioridade na vacina.
  • José Coelho/Lusa
28 Janeiro 2021, 14h02

Até amanhã, o Governo espera contrabilizar 75 mil pessoas já vacinada contra a Covid-19, número que sobe para 810 mil que poderão estar imunizados contra o vírus até ao final de março. Nessa altura, estarão vacinados (duas tomas) todos os residentes e profissionais de lares, metade do grupo de 600 mil pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades, 120 mil profissionais de saúde, 21 mil elementos das forças armadas e de outros serviços críticos. No início de março deverá também haver, pelo menos, um centro de vacinação por concelho.

Para que se atinja a marca dos 80 mil imunizados, os critérios para os grupos de risco vão ser alterados e vão passar a incluir, a partir de dia 1 de feveiro, os idosos com mais de 80 anos, independentemente do seu estado de saúde e também pessoas com mais de 50 anos que têm problemas de saúde.

Francisco Ramos, coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19, em Portugal, explicou que, desta forma, Portugal conseguirá estar “em linha com o desafio a nível europeu de até ao final de março vacinarmos 80% das pessoas com mais de 80 anos e os profissionais de saúde”.

Além desta atualização, as pessoas a partir dos 50 anos, quem têm insuficiência cardíaca, doença renal e doença respiratória também passam a integrar o grupo de risco com prioridade na vacina.

Francisco Ramos anunciou que nos lares e cuidados continuados “para um total de quase 200 mil pessoas a vacinar, já demos pelo menos a primeira dose a 164 mil”, revelou. No entanto, “cerca de 30 mil pessoas não foram ainda vacinas por haver situações de surtos em cerca de 205 unidades”.

Aos jornalistas, o responsável espera que “até ao final de março” o processo de vacinação esteja concluído nos lares, incluído aqueles que de momento estão em situação de surto.

A vacinação será também alargada a órgãos de soberania, Protecção Civil, Procuradoria-Geral da República e Ministério Público já nas próximas semanas, com Francisco Ramos a destacar que estes são decisores políticos e detentores de cargos indispensáveis para a vida em sociedade.

“Nas próximas semanas, as vacinas que haverá para administrar a esse grupo serão cerca de mil”, disse.

Questionado sobre a polémica dos assessores do INEM que foram vacinados, mesmo sem estando incluídos nos grupos prioritários, Francisco Ramos informa que embora tenha sido “solicitada uma inspeção para promover uma auditoria”, considera que a decisão de vacinar estes funcionários “nos parece um método preventivo que esperamos que seja útil e eficaz”.

“Naturalmente, que havendo desvio do cumprimento dos critérios, tenho que lamentar, e aquilo que acrescentamos é uma intervenção na das atividades de saúde no sentido de apurar se de facto os critérios estão a ser cumpridos”, vincou.

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