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83% das empresas portuguesas estão a sofrer impactos da guerra na Ucrânia

A informação surge num inquérito divulgado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), o qual revela ainda que 76% dos inquiridos refere que o aumento dos custos como o impacto mais evidente e imediato. A dificuldade no acesso a matérias-primas, e o cancelamento de encomendas são outras das principais consequências.
17 Maio 2022, 14h58

Apesar da economia portuguesa ser das menos afetadas a nível europeu pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia, 83% das empresas portuguesas já está a sofrer o impacto, sendo que que o aumento dos custos, a dificuldade no acesso a matérias-primas, e o cancelamento de encomendas são as principais consequências.

A informação surge num inquérito divulgado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), o qual revela ainda que 76% dos inquiridos refere que o aumento dos custos como o impacto mais evidente e imediato. A dificuldade em aceder a matérias-primas e consumíveis foi indicada como o principal obstáculo por 24% das empresas. Quanto ao custo das matérias-primas, energia, mão-de-obra ou transportes, metade das empresas registou um acréscimo dos custos operacionais superiores a 15%.

Este inquérito da CIP constata que as empresas registaram, no primeiro trimestre deste ano, um aumento no volume de vendas e na prestação de serviços, no primeiro quando comparado com o volume no período homólogo de 2019, pré- pandemia. No entanto, esse aumento não se aplicou às pequenas e médias empresas: quase metade destas empresas afirma estar ainda abaixo dos níveis de faturação verificados antes da pandemia.

Em contraste, segundo os indicadores previstos pela Comissão Europeia, a economia portuguesa deverá crescer 5,8% em 2022 e 2,7% em 2023. A razão para este crescimento prende-se com a posição geográfica do país, tornando a economia portuguesa das menos vulneráveis da União Europeia às economias russa e ucraniana (a Comissão Europeia prevê que Portugal seja o país europeu com maior crescimento em 2022). Deste modo, as novas projeções da Comissão Europeia em relação a Portugal contrariam a tendência a nível europeu.

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