Barry McGee, Futura, Jason Revok, Maya Hayuk, Shepard Fairey e Swoon, e os portugueses ±MaisMenos±, Add Fuel, AkaCorleone, Nuno Viegas, Obey SKTR, Tamara Alves, Vhils e Wasted Rita são alguns dos nomes que integram o lineup da exposição “Urban [R]Evolution”, onde também serão expostos registos fotográficos da conceituada fotógrafa norte-americana Martha Cooper, a espinha dorsal desta revolução.
Haverá ainda obras site-specific, desafio lançado pelos curadores Pauline Foessel e Pedro Alonzo, para melhor ilustrar esta viagem pela história do movimento de arte urbana no mundo, concebida pela plataforma cultural Underdogs, fundada pelo português Alexandre Farto (Vhils) e pela francesa Pauline Foessel, e pela promotora Everything Is New, de Álvaro Covões.
Além do espaço da Cordoaria, estão também previstas três instalações no exterior: duas fora da Cordoaria, que estão a ser preparadas em conjunto com os arquitetos, e outra na rua das Janelas Verdes, perto do Museu Nacional de Arte Antiga.
A organização explica, em comunicado, que “Urban(R)Evolution” revela o desenvolvimento da arte urbana desde as suas fases iniciais em forma de tags, graffiti e pinturas no metro até à origem da street art, abarcando estilos e técnicas usados em todo o mundo. A exposição foi pensada em torno de quatro conceitos-chave: a abertura do movimento, a versatilidade do artista, a facilidade de disseminação e a sensibilidade. E pretende plasmar “a combinação explosiva de graffiti, breakdancing e rap” que resultou numa “explosão global e expressão popular”.
Expressão popular é, precisamente, a melhor forma de definir os movimentos que emergiram da transgressão, i.e., da intervenção em ruas, fachadas e grandes muros, transformados em telas e galerias a céu aberto. E se nos primórdios não seria expectável ver essas intervenções dentro de portas – de galerias a museus –, hoje em dia, o interesse de entidades públicas e privadas é cada vez maior e o reconhecimento dos street artists também.
Portugal não é exceção nesta dinâmica, que se afirma urbana, mas extravasa, em muitos casos, a urbanidade. Veículo de mensagens – estéticas, políticas e outras –, passa hoje, também, por servir de elo de ligação ou coesão social, seja através de intervenções em espaços públicos, seja em prédios devolutos, o objetivo é dar-lhes uma nova imagem e aproximar pessoas. A arte urbana tornou-se, amiúde, protagonista das próprias cidades, atraindo pela popularidade de quem a faz, pelas técnicas utilizadas e vontade de projeção além dos estigmas que, por vezes, ainda pairam sobre certas comunidades.
Olhar a arte urbana como criadora de pontes – artísticas e sociais – é descobrir a sua força. Daí que “Urban(R)Evolution” seja uma verdadeira viagem no tempo e nos propósitos desta expressão artística nas suas múltiplas formas e práticas. Um percurso a descobrir na Cordoaria Nacional até dia 3 de dezembro. Os bilhetes já se encontram à venda nos locais habituais e custam entre 6 euros (crianças dos 4 aos 15 anos) e 13 euros (adultos), de segunda a sexta-feira, e 7 euros e 15 euros aos fins de semana e feriados.
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