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Acionista da TAP diz que o Acordo de empresa precisa ser revisto para evitar novas greves

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Humberto Pedrosa admite que as greves tem um impacto negativo na empresa, mas espera que esta continue a crescer “em quantidade e qualidade”.
  • Paulo Whitaker/Reuters
4 Fevereiro 2018, 10h18

O empresário e acionista da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP), Humberto Pedrosa, defende que o acordo de empresa da TAP precisa de ser revisto, para beneficiar a companhia e os trabalhadores. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Humberto Pedrosa admite que as greves tem um impacto negativo na empresa, mas espera que esta continue a crescer “em quantidade e qualidade”.

“Hoje o Acordo de Empresa (AE) precisa ser ajustado. É necessário para a companhia e para os próprios trabalhadores. Isso era uma negociação que eu acho que era de interesse para ambas as partes que aconteça”, afirma Humberto Pedrosa. “Não se quer retirar, de maneira nenhuma, benefícios à tripulação. Queremos flexibilizar mais os acordos. O AE é demasiado rígido e essa rigidez nem é boa para um lado nem para o outro”, explica.

O dono da Barraqueiro e acionista da TAP dá conta de que, mesmo com a operação de manutenção no Brasil a dar prejuízo, a TAP saiu do vermelho em 2017. A empresa terá faturado 3 mil milhões de euros no ano passado e a dívida terá ficado abaixo dos 700 milhões de euros. Humberto Pedrosa espera este ano que a empresa mantenha essa tendência de crescimento.

Sobre a operação no Brasil, Humberto Pedrosa espera que os prejuízos fiquem abaixo dos 50 milhões. O acionista da TAP explica que a resolução passava pelo investimento que os chineses do grupo HNA, que integram o consórcio Atlantic Gateway (proprietário de 45 por cento da TAP), se preparavam para fazer. No entanto, os problemas de liquidez da empresa chinesa apanharam de surpresa a TAP, que vai ter de encontrar outro investidor para criar uma parceria na área da manutenção no Brasil.

Quanto à escolha de Antonoaldo Neves para CEO da TAP, o empresário indica que se tratou da primeira escolha de Fernando Pinto que aliás “teria sempre uma palavra a dizer” nessa opção.

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