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Acionistas da Lufthansa aprovam resgate de 9 mil milhões de euros do governo alemão

A decisão surge horas depois de Bruxelas ter dado ‘luz verde’ ao auxílio estatal ao grupo aéreo, um apoio à recapitalização de seis mil milhões de euros e um empréstimo com garantia estatal de três mil milhões.
25 Junho 2020, 18h34

É oficial: os acionistas da Lufthansa deram esta quinta-feira ‘luz verde’ ao plano de resgate de 9 mil milhões de euros, acordado com o governo de Angela Merkel. Esta foi uma semana decisiva para o futuro da companhia aérea alemã, que trabalhou em contrarrelógio para evitar a falência até à assembleia-geral de hoje.

O colapso da empresa foi, assim, evitado depois de 98% dos detentores de capital terem votado (online) a favor do plano que permitirá que Berlim passe a ter participação de 20% e dois lugares no conselho de administração da transportadora área.

A principal dúvida residia na posição do bilionário alemão Heinz-Hermann Thiele, detentor de uma participação de 15,5%, que ontem garantiu que iria dar apoio ao plano. “Vou votar na proposta”, adiantou o maior acionista da companhia aérea em declarações ao jornal local “Frankfurter Allgemeine Zeitung”.

A decisão surge horas depois de a Comissão Europeia ter aprovado ao auxílio estatal da Alemanha ao grupo aéreo, um apoio à recapitalização de seis mil milhões de euros e um empréstimo com garantia estatal de três mil milhões, para responder às dificuldades financeiras causada pela pandemia de Covid-19.

O CEO, Carsten Spohr, já tinha dito pretendia evitar a insolvência a todo o custo. Numa carta dirigida aos funcionários, o presidente executivo referiu que a companhia aérea estava em  conversações “intensas” com o governo e com os principais acionistas para “encontrar uma solução satisfatória” para todos.

Dono de companhias aéreas na Alemanha, Suíça, Áustria e Bélgica, o grupo Lufthansa está a planear um amplo programa de reestruturação que reduzirá a frota em 13% e poderá resultar num corte de até 22 mil postos de trabalho. As companhias aéreas do grupo transportaram 145 milhões de passageiros em 2019 e desempenham um papel vital ao transportar cargas para dentro e fora da Europa.

As ações da Lufthansa encerraram a sessão de hoje com uma subida de 7,08%, na bolsa de Frankfurt, para 9,59 euros.

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