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Ações do BCP e EDPR põem PSI-20 a subir mais de 2% em linha com Europa

O BCP, a EDP Renováveis e a Sonae fecharam a subir mais de 3%. O mercado europeu encerrou em alta expressiva, com uma boa parte dos índices a demonstrarem valorizações acima dos 2%. O EuroStoxx 50 avançou 2,06%. O setor da energia liderou o dia de ganhos expressivos na Europa.
26 Janeiro 2022, 17h26

O PSI-20 fechou a subir +2,18% para 5.526,71 pontos em linha com as principais praças europeias.

As ações do BCP subiram +3,92% para 0,1538 euros e as da EDP Renováveis avançaram +3,56% para 18,61 euros. Destaque ainda para a Sonae que fechou em alta de +3,44% para 1,0230 euros.

A Galp Energia valorizou +2,56% para 9,93 euros; a EDP ganhou +2,33% para 4,48 euros; os CTT subiram +2,12% para 4,0 euros; a Mota-Engil avançou +2,04% para 1,249 euros; e a Ramada fechou a subir +2,00% para 7,14 euros. Num festival de subidas, o título que subiu menos foi o da Semapa e mesmo assim valorizou +0,87% para 11,64 euros.

Em queda apenas dois títulos: a Corticeira (-0,20% para 10,16 euros) e a Pharol (-0,35%).

A influenciar o mercado nacional as notícias que a EDP vendeu défice tarifário em Portugal; a Sonae mostrou crescimento da MC e a Pharol que viu a Comissão Europeia reduzir a multa de 2013.

O setor da energia liderou o dia de ganhos expressivos na Europa.

O mercado europeu encerrou em alta expressiva, com uma boa parte dos índices a demonstrarem valorizações acima dos 2%. O EuroStoxx 50 avançou 2,06% para 4.162,15 pontos e o Stoxx 600 fechou em alta de 1,70%.

O FTSE 100 de Londres valorizou 1,41% para 7.475,23 pontos; o CAC 40 ganhou 2,09% para 6.981 pontos; o DAX cresceu 2,17% para 15.451,3 pontos; o FTSE MIB saltou 2,14% para 26.065,6 pontos; e o IBEX subiu 1,76% para 8.628,5 pontos.

Na sessão de hoje a maior escalada foi do Moex Russia Index (+3,04%).

No universo Stoxx600 o setor energético destacou-se pela positiva ao valorizar mais de 4%, com os preços do petróleo a subirem mais de 2%, avança a Mtrader na sua análise.

Segundo Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking, “as atenções estiveram voltadas para as decisões de política monetária da Fed, a partir da 19h,  com especial foco no discurso de Jerome Powell que irá começar pelas 19h30m. Os investidores aguardam com otimismo pelas decisões, à medida que acreditam que os aumentos de taxa de juro não sejam tão agressivos como o anteriormente temido, uma vez que esperam que o Banco Central norte-americano tenha em conta os possíveis efeitos de arrefecimento económico”.

“A impulsionar esta esperança está o corte das perspetivas de crescimento da economia global em 2022 mostrado ontem pelo FMI”, adianta o analista da Mtrader.

Segundo o analista, as tensões geopolíticas entre a Rússia e Ucrânia foram um pouco deixadas para segundo plano, ainda que diversos países tenham feito ameaças de sanções pesadas caso os russos decidam invadir o país vizinho.

O petróleo foi protagonista da sessão pois, o preço do barril de Brent ultrapassou hoje o limiar de 90 dólares, pela primeira vez desde outubro de 2014, impulsionado pelas tensões na Ucrânia e no Médio Oriente.

O Brent sobe 2,01% para 8,97 dólares o barril, ao passo que o crude WTI avança 2,08% para 87,38 dólares.

Segundo o analista da XTB, a evolução do preço do petróleo ignora dados sobre os inventários nos EUA.

O euro cai 0,16% para 1,1283 dólares.

No mercado de dívida soberana, as bunds alemãs sobem 0,54 pontos base para -0,08%. Portugal tem os juros a 10 anos a subirem 2,45 pontos base para 0,60%; Espanha idem a subir 2,31 pontos base para 0,67% e Itália com juros em alta de 3,85 pontos base para 1,33%.

Em termos de notícias de empresas, destaque para a noticia da “Bloomberg” que o fracasso da tentativa de aquisição da empresa de biotecnologia de 8 mil milhões de dólares e desvalorização da coroa sueca deixaram o Barclays Plc com uma grande perda no mês passado. O banco com sede em Londres perdeu cerca de 100 milhões dólares em hedges de cobertura de risco cambial depois da empresa de private equity norte-americana Advent International e o fundo soberano de Singapura GIC retirem a sua oferta pela sueca Orphan Biovitrum AB em dezembro, segundo a Bloomberg. O Morgan Stanley e o Deutsche Bank AG também perderam cerca de 20 milhões de dólares cada um.

Em setembro, a Advent e a GIC fizeram uma oferta para comprar a Sobi por 69 mil milhões de coroas suecas (8 mil milhões de dólares)  no que seria a maior compra nórdica em anos. Como parte do acordo, a Advent entrou numa operação para reduzir sua exposição às oscilações da coroa sueca. A empresa fez um contrato de cobertura do risco cambial  para proteger cerca de 3 mil milhões em coroas suecas, e o Barclays ficou com a maior parte do negócio.

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