As ações especiais da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) em 2021 resultaram em regularizações voluntárias de mais de 32 milhões de euros no IRS e de 42 milhões no IRC, ambas fruto, sobretudo, dos casos associados ao ‘Malta Files’.
O Relatório de Fraude e Evasão Fiscais de 2021 da AT publicado esta sexta-feira revela que, do Swissleaks, Panama Papers e Malta Files – três divulgações de documentos financeiros sobre contas offshore e evasão fiscal – resultaram, no ano passado, 83 processos.
Os Panama Papers foram os que levaram a um maior número de processos em 2021, num total de 80 e envolvendo 111 sujeitos passivos. Ainda assim, 27 processos foram já arquivados, com onze já concluídos pela investigação da AT e 42 ainda em planeamento no final do ano.
Já o Swissleaks viu concluídos os últimos dois processos, enquanto o Malta Files também teve a última ação finalizada.
Destas fugas de informação resultaram propostas de correção relativas ao rendimento declarado no IRS de 6,1 milhões de euros, com 5,5 milhões da originados pelos Panama Papers e 680 mil euros do Swissleaks. Resultaram destes processos regularizações voluntárias de 290 mil euros (271 mil no Swissleaks e 18 mil no Panama Papers), aos quais acrescem 31,8 milhões de euros provenientes da ação originada pelos Malta Files.
Já em sede de IRC, as regularizações voluntárias de acréscimo à matéria tributável chegaram a 26,7 mil euros no caso dos Panama Papers e 42,2 milhões de euros nos Malta Files, detalha o relatório.
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