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Adyen publica estudo que conclui que “comércio unificado” ajudaria retalhistas

O Retail Report da Adyen conclui que o comércio unificado deu aos retalhistas portugueses 6% do seu crescimento em 2022 e que 39% das empresas em Portugal estão a considerar investir no comércio unificado.
21 Junho 2023, 21h56

A Adyen, plataforma de tecnologia financeira, publicou um estudo que conclui que os retalhistas poderiam acrescentar 1,5 mil milhões de dólares ao sector, a nível global, se adotassem uma abordagem comercial unificada e deixassem de operar em blocos. O comércio unificado envolve a ligação de pagamentos online e offline num único sistema.

O estudo concluiu que, face ao aumento do custo de vida, a personalização e a fidelização tornaram-se cada vez mais importantes. “Globalmente, mais de dois terços (68%) dos consumidores querem ver mais descontos onde fazem compras”, refere a Adyen que diz que em Portugal este número aumenta para 82% dos consumidores. “Em geral, os clientes portugueses consideram que os retalhistas precisam de melhorar a forma como os recompensam pela sua fidelidade contínua”, acrescenta a Adyen.

“Isto representa uma luta para os retalhistas portugueses, com 52% a sugerir que é agora mais difícil categorizar os consumidores de acordo com as suas necessidades e que não existem bases de dados centralizadas, porque cada pessoa quer realmente uma experiência personalizada”, segundo o estudo.

A análise realizada pelo Centro de Estudos Económicos e Empresariais concluiu ainda que o comércio unificado a nível global deu aos retalhistas um impulso de 8 pontos percentuais na sua taxa de crescimento em 2022. Para Portugal, este número desce para 6%.

A Adyen encomendou à Opinium LLP uma sondagem a 36 mil consumidores e à Censuswide uma sondagem a 12 mil retalhistas, em todo o mundo, para compreender como a inflação está a afetar a mudança de comportamento dos compradores e como as empresas se estão a adaptar a esta mudança.

A modelação económica do Centro de Estudos Económicos e Empresariais mostra como o comércio unificado, que envolve a ligação de pagamentos online e offline num único sistema, é mais resiliente num ambiente operacional desafiante.

A esmagadora maioria (78%) dos consumidores a nível mundial disse que passa mais tempo à procura das melhores ofertas e preços devido ao atual contexto financeiro, enquanto quase um terço (31%) espera pelos grandes momentos do calendário, como a Black Friday, para fazer uma compra. Em resposta, 48% dos retalhistas acreditam que o impacto da inflação é tal que precisam de oferecer descontos aos consumidores durante todo o ano. “Em Portugal não é diferente, e os últimos acontecimentos fizeram com que os consumidores reavaliassem as suas prioridades”, refere a Adyen.

“Os tempos de incerteza geraram medos e inseguranças, o que levou a que os retalhistas tivessem de oferecer mais do que um simples produto. Os consumidores portugueses dão prioridade ao valor, à acessibilidade e à conveniência, e passam mais tempo à procura de promoções, com 85% a procurar ativamente as melhores ofertas. A inflação levou 46% dos retalhistas a oferecer descontos durante todo o ano, o que não era habitual anteriormente” lê-se no comunicado.

O estudo revelou ainda que apenas 17% das empresas em todo o mundo investiram no comércio unificado, onde os retalhistas investem em tecnologia para ligar os seus sistemas de backend e frontend numa única plataforma e assim proporcionam uma experiência omnicanal perfeita. Em Portugal, os retalhistas estão a reagir e 39% já começam a considerar investir no comércio unificado.

“Esta mudança está a ser impulsionada pela procura, por parte dos consumidores, de uma experiência de compra mais ágil e flexível, com 68% dos clientes portugueses a afirmarem que seriam mais fiéis a um retalhista se pudessem comprar um artigo esgotado e recebê-lo diretamente em casa”, refere a Adyen.

Para melhorar a experiência de compra em geral, os retalhistas também estão a investir em tecnologia, como a adição de novas formas de pagamento, a oferta de terminais para verificar o stock ou a utilização de tecnologia na loja, como espelhos digitais, com 35% das empresas em Portugal a planear fazê-lo. Além disso, “oferecer experiências aos clientes durante as compras pode ajudar a transformar o processo em despesa, com até 50% dos clientes portugueses a responderem positivamente a essas ofertas”.

“O comportamento dos consumidores evoluiu nos últimos anos, e as decisões que os retalhistas tomam agora sobre o investimento em tecnologia são mais importantes do que nunca”, reconhece Juan José Llorente, Country Manager da Adyen em Espanha e Portugal em comunicado.

“A nossa pesquisa destacou como o uso da tecnologia, e em particular o comércio unificado, pode apoiar as empresas com uma abordagem mais ágil e sofisticada para ajudá-las a entender as tendências dos clientes e a procura dos consumidores”, acrescenta Juan José Llorente.

A plataforma de tecnologia financeira da Adyen usa o comércio unificado, o que significa que todos os dados de pagamento de uma empresa são alimentados no mesmo sistema. Isto “fornece uma visão geral poderosa dos clientes para que as suas expectativas possam ser atendidas durante as compras. As organizações de retalho operam numa das indústrias mais rápidas do planeta, e a tecnologia provou a sua importância para garantir que as operações são resilientes no ambiente actual”, conclui Juan José Llorente.

“Desde 2019, a internacionalização do nosso e-commerce foi uma das nossas principais decisões estratégicas, por isso, ter uma plataforma de pagamentos como a Adyen para nos ajudar a crescer em novos mercados, adaptando-se ao cliente, foi vital. Cada continente onde oferecemos os nossos produtos e serviços tem suas próprias peculiaridades, mas, em grande escala, a solução mais aceita que encontramos é a Adyen”, afirma, por sua vez, Tomás Muro, Global Head of eCommerce da Wallbox.

 

 

 

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