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Afinal, quem ganha mais na Função Pública?

O valor da remuneração base média dos trabalhadores da Administração Pública era de 1.451 euros, em outubro, mais 3,5% do que há um ano. Neste bolo dos salários, quanto vale a fatia dos políticos?
16 Fevereiro 2017, 12h32

O valor dos ganhos médios mensais dos trabalhadores do Estado varia entre aproximadamente nove mil euros e setecentos euros brutos. Diplomatas, magistrados e notários lideram a tabela salarial, à frente dos médicos e dos políticos.

De acordo com a mais recente Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgada esta quarta-feira, dia 15, em outubro de 2016, o valor da remuneração base média dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas era de 1.451 euros, correspondendo a um aumento de 0,7% em relação a julho e de 3,5% face a outubro de 2015.

O aumento deve-se à “entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios” bem como ao “impacto da eliminação da redução remuneratória para remunerações acima de 1.500 euros”, pode ler-se no relatório. No que diz respeito ao ganho médio mensal, em outubro era de 1.666,7 euros, mais 0,5% comparando com o trimestre anterior, e 2,9% em termos homólogos, uma evolução justificada pelas mesmas razões.

Observando o quadro das remunerações de base e ganhos médios mensais nas administrações públicas por cargo, carreira e grupo, verifica-se que os diplomatas estão no topo com um ganho mensal de 9.026,4 euros e que os assistentes operacionais estão no fim da lista, com ganhos de 759,5 euros, em outubro.

Magistrados e dirigentes superiores seguem-se aos responsáveis pela democracia portuguesa, com 5.601,3 e 4.838,5 euros, respetivamente, com aumentos de 6% e de 8,4%. Na ordem dos três mil euros estão conservadores e notários (3.823 euros), docentes do ensino universitário (3.608,1 euros), médicos (3.566,5 euros), pessoal da investigação científica (3.389,6 euros), políticos (3.364,4 euros) e dirigentes intermédios (3.143,4 euros).

Na publicação trimestral sobre o emprego público, a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) refere ainda que o Estado terminou o ano de 2016 com 663.798 postos de trabalho, números que significam um aumento homólogo de 0,7% mas uma redução de 63.631 (8,8%) comparativamente a 2011. O maior impacto desta quebra registou-se ao nível dos empregos na administração central, com mais de 40 mil baixas (44.662).

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Fonte: DGAEP

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