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Alemanha não quer Itália “na segurança enganadora do nacionalismo”

Em entrevista à revista “Spiegel”, Michael Roth, vice-ministro das Relações Exteriores, afirmou que “mais do que nunca, a Europa precisa de um parceiro italiano de confiança”.
  • Giuseppe Conte
24 Maio 2018, 18h04

O governo da Alemanha está preocupado com as afirmações antieuropeias proferidas por membros da coligação governante de Itália. A agência “Reuters” dá conta que esta quarta-feira o presidente italiano, Sérgio Mattarella, permitiu a Giuseppe Conte, liderar o primeiro governo em Itália, formado por partidos anti-sistema que promete agitar a União Europeia (UE).

A preocupação germânica foi expressada na voz do vice-ministro das Relações Exteriores, Michael Roth, que numa entrevista à revista “Spiegel”, afirmou que “mais do que nunca, a Europa precisa de um parceiro italiano de confiança que, tal como antes, veja a sua posição no coração da Europa e não na segurança enganadora do nacionalismo”.

Estas afirmações foram repetidas pela associação da indústria dos Benefícios de Despesas Indiretas (BDI) alemã, que desde logo pressionaram o governo italiano para que este cumpra os tratados europeus e as regras orçamentais comuns da zona do euro.

“A indústria alemã está preocupada com o programa do governo (italiano) ”, referiu o diretor administrativo da BDI, Joachim Lang, sublinhando que “as promessas eleitorais dispendiosas não são financiáveis” e que “elas colocam em risco a recuperação económica da Itália”.

O professor e advogado Giuseppe Conte, de 54 anos, foi empossado pelo chefe do Estado italiano, Sergio Mattarella, para formar governo. Proposto pela Lega e pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), o seu nome foi objeto de diversas controvérsia nas últimas horas, por conta do seu um currículo. Mas a falta de alternativas, segundo relata alguma imprensa italiana, acabou por impor o seu nome.

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